Banco do Brasil (BBAS3) puxa queda no setor com influência externa; entenda
As ações do Banco do Brasil (BBAS3), assim como a dos demais bancos, fecharam em queda no pregão desta quinta-feira (27), com desvalorizações acima de 2%.
No caso das ações do Banco do Brasil foram 2,05% de retração, ante 2,23% do Itaú (ITUB4) e 2,27% do Bradesco (BBDC4).
Nos últimos dias, o setor tem sido afetado por falas do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem sinalizado com o fim dos Juros Sob Capital Próprio (JCP).
Isso tem afetado o setor, dado que põe a dinâmica financeira dos bancos em xeque. Além disso, ventos de Nova York afetam o segmento.
O impacto externo vem em meio à defesa da criação de regras mais duras para bancos com ativos entre US$ 100 bilhões e US$ 250 bilhões pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
“O sistema bancário dos EUA está robusto e resiliente. Devemos preservar e construir a partir desta força e diversidade”, afirmou.
Os comentários fazem parte de um discurso preparado para reunião destinada a discutir novas propostas levando em consideração o Ato Dodd-Frank e o sistema internacional Basileia III. Após o encontro, o BC americano deve divulgar as propostas publicamente para um período de consultas de 120 dias.
Segundo ele, níveis elevados de capital aumentam a resiliência de bancos em tempos de estresse e, apesar de já possuírem “níveis fortes de capital e liquidez”, as instituições americanas poderiam se beneficiar das novas regras. Powell detalha que o objetivo das mudanças propostas é atingir metas sensíveis, abordando riscos similares entre os bancos, o que pode exigir a eliminação do uso de modelos internos de riscos de crédito e operacionais. “São propostas que excedem as exigências da Basileia III”, revela o dirigente.
Contudo, Powell alerta que existiriam riscos para esta estratégica, como o declínio rápido da liquidez e do acesso ao crédito em mercados críticos, devido ao aumento nos custos operacionais dos bancos. Isto poderia provocar a transferência de algumas atividades para o shadow banking, alerta o presidente. “Devemos garantir que benefícios anti-arbitrários superem custos de tratar os riscos bancários, ao desencorajar operações arriscadas”, pontuou.
Powell reforçou que, para calibrar as vantagens e os prejuízos de regras mais rígidas, o BC americano estará atento ao feedback do público, em especial sobre como as propostas poderiam impactar a atividade nos mercados de capital e os riscos operacionais.
Cotação das ações do Banco do Brasil
Cotação BBAS3
Com informações do Estadão Conteúdo