Ministro Paulo Guedes quer privatizar Banco do Brasil, diz jornal

A privatização do Banco do Brasil (BBAS3) está na mira do ministro da Economia, Paulo Guedes. A equipe econômica se prepara para iniciar um processo de desestatização da instituição financeira.

No entanto, a pasta e o ministro da Economia estão tentando convencer o presidente da República, Jair Bolsonaro, a aceitar a privatização do Banco do Brasil. O processo de desestatização pode ocorrer até o fim do mandato, em 2022.

As informações foram divulgadas pelo jornal “O Globo” que afirma ter ouvido fontes próximas ao assunto. Segundo a publicação, a equipe econômica negou a intenção do governo de desestatizar o banco e a instituição financeira não quis comentar o assunto.

Entretanto, de acordo com as fontes, a privatização do Banco do Brasil já foi alvo de discussões durante a reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

“O ministro tenta convencer o presidente a colocar o Banco do Brasil nas privatizações que serão enviadas ao Congresso no próximo ano, para deixar uma lista mais parruda”, comentou a fonte.

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Além disso, o veículo ressaltou que em entrevista com o Guedes, o ministro informou que uma privatização em particular poderia render R$ 250 bilhões, sem especificar a qual estatal se referia.

Segundo a consultoria Economática, apenas duas empresas públicas, com ações negociadas na Bolsa de Valores, teriam potencial para alcançar esse valor: BB e Petrobras.

Banco do Brasil prevê crescimento de 10% no lucro em 2020

O Banco do Brasil estima um crescimento de 10% no lucro da instituição para o próximo ano. De acordo com o vice-presidente de finanças e de relações com investidores, Carlos Hamilton, em 2020 a receita líquida será impulsionada por empréstimos ao consumidor.

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Além do empréstimo, o banco informou que a receita de tarifas aumentará em linha com a inflação. Segundo a instituição, o lucro em 2019 deve chegar a R$ 18,5 bilhões.

A carteira de empréstimo deve apresentar no próximo ano um leve crescimento, por sua vez, os empréstimos corporativos deverão cair. Em relação ao teto de juro cobrado no cheque especial em 8% ao mês, Hamilton informou que terá impacto negativo no Banco do Brasil, mas não deve ser “tão grande”.

Poliana Santos

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