O Banco do Brasil (BBAS3) informou, em comunicado ao mercado, nesta segunda-feira (22) que desconhece as declarações, veiculadas na revista Veja durante o final de semana, de que as negociações pela sua fatia no Banco Patagonia, com sede na Argentina, teriam sido retomadas.
Segundo a notícia, o Banco do Brasil teria agora recebido uma proposta atraente o suficiente para tocar a venda após ter suspendido a venda do Patagonia por conta da crise econômica no país.
“O Banco do Brasil não tem conhecimento das fontes das notícias veiculadas. Não há qualquer decisão no âmbito de sua governança sobre as empresas em referência neste momento”, afirma o comunicado.
No texto, a instituição diz ainda que conduz, constantemente, estudos que avaliam oportunidades e alternativas que contribuam com sua estratégia corporativa, que melhorem a experiência do cliente e agreguem valor ao acionista.
Banco do Brasil tem 80,4% do Banco Patagonia
Em 2018, o Banco do Brasil aumentou sua participação no Banco Patagonia para 80,38%, somando um total de US$ 202,37 milhões, após três acionistas minoritários terem exercido a opção de vender suas fatias para a instituição brasileira.
O Patagonia é o sétimo maior banco da Argentina em ativos, com 1,2 milhão de clientes e presença em todos os estados do país. A instituição controlada pelo BB tem expertise em securitização de crédito local, conhecidas como “fideicomisos”.
No caminho contrário da venda, o Banco do Brasil, no início de fevereiro, através do UBS BB, uma joint venture que toca junto com o UBS Group, fechou um acordo para colaborar com o Banco Patagonia. Os clientes do UBS BB passam a ter mais acesso a serviços na Argentina e os clientes do Patagonia passaram a ter mais contato com investidores internacionais.
“Estamos entre os cinco maiores nos mercados locais da Argentina e agora pretendemos nos tornar o número 1 ou 2”, disse o presidente do controlada argentina do Banco do Brasil, João Pecego, em uma entrevista.