Em atualização da sua carteira de dividendos para dezembro, especialistas do BTG Pactual aumentaram o peso das ações do Banco do Brasil (BBAS3) para 10%.
A estimativa da casa é de que os dividendos do Banco do Brasil tenham um yield de 9,9% no próximos dois anos.
“A creditamos que o recente desempenho abaixo dos pares privados das ações BBAS3 abrem uma janela para os investidores adicionarem mais ações do banco estatal às suas carteiras. Em dezembro/janeiro, os investidores estavam preocupados com potenciais más práticas de crédito, influência política no banco e um corte de dividendos, para citar algumas”, diz a casa.
“Contudo, a nova ‘narrativa’ é que o BB já está no pico de lucros e sua exposição à Patagônia (banco argentino), à Previ e ao segmento agro (impactado pela contínua onda de calor/mudanças climáticas) são grandes riscos”, segue.
Os analistas destacam que as ações do Banco do Brasil já subiram cerca de 68% no acumulado de 2023, e que agora a tese já não é “tão óbvia quanto antes”, mas ainda consideram que o papel negocia a um múltiplo considerado “muito atraente” de 4x preço sobre lucro estimado para 2024.
Por fim, apesar da projeção de que os dividendos representem um yield de 10% nos próximos dois anos, os especialistas ainda destacam que esse patamar pode aumentar, dado que o banco avalia um aumento do seu payout de 40% para 50%.
Veja a carteira de dividendos do BTG
- Itaú: 5%
- Vibra: 10%
- Copel: 10%
- Vale: 15%
- Eletrobras: 10%
- BB Seguridade: 5%
- Cielo: 5%
- Petrobras: 10%
- Auren: 5%
- JBS: 5%
- CPFL: 5%
- Banco do Brasi: 10%
- SLC Agrícola: 5%
Desempenho das ações do Banco do Brasil
Conforme os dados do Status Invest, as ações do Banco do Brasil somam alta de 12% no acumulado dos últimos 30 dias. Em uma janela mais longa, de doze meses, os papéis sobem 53%.