Banco do Brasil (BBAS3) pode aumentar provisões caso pandemia piore

Após a pandemia causada pelo novo coronavírus fazer com que os bancos reservassem boa parte das receitas como provisões para um aumento da inadimplência no País, o Banco do Brasil (BBAS3) informou, durante teleconferência com analistas e investidores nesta quinta-feira (10), que pode aumentar as provisões novamente caso a pandemia piore.

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As provisões são reserva de dinheiro feita pela empresa com foco em casos de inadimplência. Por isso, o Banco do Brasil informou que pode provisionar mais dinheiro para se preparar caso a crise causada pelo novo coronavírus (covid-19) piore.

“A inadimplência está linha com os demais players nacionais. Apesar dos índices controlados, optamos por fazer a antecipação prudencial de provisão de crédito, que nos três trimestres, atingiram R$ 6,1 bilhões, o que criará um colchão para caso a pandemia venha a se agravar”, afirmou o presidente do Banco do Brasil, André Brandão.

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No terceiro trimestre, a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) ficou em R$ 2 bilhões. Segundo o banco, a provisão foi 40,5% maior em comparação ao mesmo período do ano passado.

Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o PDD recuou 6,8%. No acumulado dos nove meses, as provisões atingiram R$ 16,9 bilhões neste ano, crescimento de 47,9% sobre o mesmo período do ano passado.

No resultado, a instituição pontuou, entretanto, que o índice de inadimplência (operações vencidas há mais de 90 dias) em setembro tenha caído em relação ao segundo trimestre, ficando em 2,43%. No acumulado de janeiro a setembro, as antecipações prudenciais totalizaram R$ 6 bilhões.

Próximo das 12h10 (de Brasília), as ações do Banco do Brasil tinham alta de 1,95%, cotadas a R$ 36,66.

Banco do Brasil mira (de novo) agronegócio

Grande player do setor, o Banco do Brasil também quer aumentar, no ano que vem, a presença no agronegócio brasileiro para alavancar o resultados. Para o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, a instituição financeira pode ampliar o acesso a crédito para o setor como um todo, incluindo negócios ligados ao agro.

“A análise que estamos fazendo é que queremos expandir para a cadeia produtiva inteira do agro. Acho que isso é importante, mas uma das grandes iniciativas nossas é crescer ainda mais no setor e ajudar os negócios integrados, acoplando ao varejo, atacado, private e serviços para o setor do agronegócio”, disse.

“O agro servirá como âncora no desenvolvimento de uma série de negócios, inclusive do Pix”, afirmou João Pinto Rabelo Júnior, vice-presidente de agronegócios e governo do banco.

O banco também se mostrou otimista com o Pix. Segundo a instituição, a taxa de transferências pelo Pix já atinge cerca de 40% da totalidade de transações realizadas.

“Temos mais de 6 milhões de chaves cadastradas, com mais de 5 milhões de clientes usando. Vemos um os muito intenso de Pix e, se olharmos transferências, batemos a faixa de 40% das transferências via Pix”, disse Gustavo de Souza Fosse , vice-presidente de desenvolvimento de negócios e tecnologia.

O banco apresentou alguns pilares do resultado do resultado do terceiro trimestre, no qual apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 3,5 bilhões, equivalente a uma queda de 23,3% sobre o registrado no mesmo período do ano passado, mas um avanço de 5,2% em comparação ao segundo trimestre deste ano.

De acordo com o Banco do Brasil, a carteira de crédito, de cerca de R$ 730,9 bilhões, teve como destaque a alta de 8,7% para negócios do varejo, o que possibilitou uma margem financeira bruta de R$ 42,6 bilhões.

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Vinicius Pereira

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