Banco do Brasil (BBSA3): presidente da Caixa Seguridade é cotado para substituir Brandão

O presidente da Caixa Seguridade, João Eduardo Dacache, ganhou força como nome para assumir a presidência do Banco do Brasil (BBAS3) em uma eventual vacância da posição. André Brandão, atual presidente do banco, já demonstrou sua vontade de se desligar do cargo — embora a instituição tenha negado.

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A indicação de Dacache para a liderança do Banco do Brasil, conforme revelou inicialmente o jornal O Estado de S.Paulo, partiu do presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Ele apresentou a recomendação ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

Ambos demonstraram apoio à indicação em caso de renúncia — ou demissão — de Brandão. No entanto, a palavra final é do presidente Jair Bolsonaro.

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Embora o executivo tenha tramitação fácil no setor e seja experiente para o cargo, o Valor Econômico diz que Bolsonaro, agora, deve escolher alguém que “realmente gosta”. O mandatário nunca teve relacionamento próxima com Brandão e ameaçou demiti-lo após o anúncio do redimensionamento da instituição, no início do ano.

Dacache foi vice-presidente de atacado da Caixa sob a gestão de Guimarães. Ele formou uma operação voltada a pequenas e médias empresas que ganhou destaque na instituição.

Na Caixa Seguridade, o executivo preparou o terreno para a abertura de capital. A seguradora protocolou o pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa brasileira pela terceira vez nesta semana.

Ele, entretanto, não é a única das opções que estão sob a mesa do governo. O vice-presidente corporativo do BB, Mauro Neto, é um dos cotados para a vaga, mas o fato de ter apenas 32 anos, considerado pouco por Bolsonaro, é um entrave.

Gustavo Montezano, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também foi citado, mas há o entendimento de que ele ainda tem trabalho no banco.

Conselheiros do Banco do Brasil se manifestam pela permanência de Bradão

O presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil, Hélio Magalhães, e outros três conselheiros saíram em defesa da permanência de Brandão na liderança da instituição estatal.

Em reunião extraordinária realizada na última terça-feira (2), conselheiros defenderam a “continuidade da gestão de excelência que vem sendo realizada pelo atual presidente do BB, em conjunto com toda diretoria executiva e seus mais de 90 mil funcionários”.

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Eles, ainda, afirmaram lamentar as notícias sobre a “possível e surpreendente substituição do presidente do Banco do Brasil ainda no início de seu mandato”. Contudo, caso haja alguma mudança, o novo encarregado deve ser escolhido por critérios técnicos, salientaram.

A manifestação é assinada por Magalhães, José Guimarães Monforte, Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Roberto de Lima. O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, esteve no encontro, mas não endossou o termo. Brandão, que faz parte do Conselho, não participou da reunião.

Por volta das 12h desta quinta-feira, as ações ordinárias do Banco do Brasil operavam em alta de 3,66%, a R$ 30,05.

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Jader Lazarini

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