O Banco do Brasil (BBAS3) informou ao mercado na manhã desta quarta-feira (14) que não recebeu nenhuma informação sobre a demissão do presidente da instituição, André Brandão, pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
De acordo com o documento, em referência as notícias veiculadas na mídia sobre a suposta destituição de André Brandão, o Banco do Brasil informou que “não recebeu no âmbito de seus órgãos de governança nenhuma comunicação formal por parte do acionista controlador sobre qualquer decisão a respeito do assunto”.
Na última quarta-feira (13), o jornal “Valor Econômico” noticiou que o presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o presidente do BB. Segundo a publicação, o mandatário teria ficado irritado com a repercussão do fechamento de agências do banco e do plano de demissões voluntárias anunciados na segunda-feira (11).
As fontes disseram ao jornal que Bolsonaro não foi informado diretamente e que ele considerou o anúncio inoportuno.
Além disso, o repórter Marcelo D’Angelo da Band News, afirmou ontem que a relação entre o governo e o Banco Central estava desgastada. A entrada de Brandão para a presidência do BB foi feita pelo atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. Segundo o repórter, há um desgaste entre Campos neto e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo o repórter, havia também por parte do governo uma insatisfação a respeito do desempenho de Brandão e seu compromisso. A crítica é de que o presidente do BB passava muito tempo em São Paulo, ficando longe do centro de comando do banco, em Brasília.
Após as notícias da demissão de Brandão, os papéis da instituição financeira encerraram o último pregão em queda de 4,94%, negociadas a R$ 37,55. O Ibovespa ontem também encerrou em baixa, com variação negativa de 1,67%, a 121.933,08 pontos.
Banco do Brasil anuncia desativação de 361 unidades físicas
Na segunda-feira, o Banco do Brasil apresentou um conjunto de medidas para o redimensionamento de sua estrutura organizacional. O fato relevante, dentre outras ações, anuncia que a instituição irá desativar 361 unidades físicas.
Segundo o comunicado, serão desativadas 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento. Além disso, 243 agências serão convertidas em postos de atendimento, enquanto oito postos de atendimento se tornarão agências. Segundo a direção do banco, as mudanças irão proporcionar “ganhos de eficiência e otimização” em todo o País.
Outra medida prevista pelo Banco do Brasil é a transformação de 145 unidades de negócios em lojas do banco, sem a oferta de guichês de caixa, com maior vocação para assessoria e relacionamento. Também será realizada a relocalização compartilhada de 85 unidades de negócio.