O conselho de administração do Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta sexta-feira (08) que aprovou uma proposta de desdobramento (split) de 100% das ações da companhia. Para a XP Investimentos, o movimento é positivo, visto que não altera os fundamentos ou perspectivas de crescimento do banco. O preço-alvo das ações seria R$ 30,50.
Segundo a XP, diferentemente de uma emissão de novas ações, o split não dilui a participação acionária dos acionistas existentes. Ou seja, quando uma empresa declara um desdobramento de ações, o preço de suas ações diminui, mas o valor total de mercado do acionista permanece o mesmo.
Com um valor mais baixo, dizem os analistas, as ações do Banco do Brasil poderão ser compradas por um maior número de investidores.
Na quinta-feira (07), as ações do BB fecharam o dia negociadas a R$ 53,87. Caso o desdobramento seja aprovado, quem tinha 1 ação ontem a R$ 53,87 passará a deter duas ações a R$ 26,935 cada.
A XP destaca que, caso prossiga o desdobramento, o “preço-alvo atualmente em R$ 61 por ação também será ajustado para R$ 30,5 por ação”. A corretora segue com recomendação de compra para os papéis do Banco do Brasil.
Banco do Brasil: BTG ‘aumenta aposta’ em dividendos
Em atualização da sua carteira de dividendos para dezembro, especialistas do BTG Pactual aumentaram o peso das ações do Banco do Brasil para 10%.
A estimativa da casa é de que os dividendos do Banco do Brasil tenham um yield de 9,9% no próximos dois anos.
“Acreditamos que o recente desempenho abaixo dos pares privados das ações BBAS3 abrem uma janela para os investidores adicionarem mais ações do banco estatal às suas carteiras. Em dezembro/janeiro, os investidores estavam preocupados com potenciais más práticas de crédito, influência política no banco e um corte de dividendos, para citar algumas”, diz a casa.
“Contudo, a nova ‘narrativa’ é que o BB já está no pico de lucros e sua exposição à Patagônia (banco argentino), à Previ e ao segmento agro (impactado pela contínua onda de calor/mudanças climáticas) são grandes riscos”, segue.
Os analistas destacam que as ações já subiram cerca de 68% no acumulado de 2023, e que agora a tese já não é “tão óbvia quanto antes”, mas ainda consideram que o papel negocia a um múltiplo considerado “muito atraente” de 4x preço sobre lucro estimado para 2024.
Por fim, apesar da projeção de que os dividendos representem um yield de 10% nos próximos dois anos, os especialistas ainda destacam que esse patamar pode aumentar, dado que o banco avalia um aumento do seu payout de 40% para 50%.
Banco vai pagar quase R$ 1 bilhão em JCP; veja o valor por ação
O Banco do Brasil aprovou no último dia 13 de novembro de 2023 o pagamento de R$ 976,866 milhões em juros sobre capital próprio (JCP).
Os JCP do Banco do Brasil serão distribuídos a título de remuneração antecipada aos investidores e se referem ao quarto trimestre de 2023.
Os proventos do BB representam o valor de R$ 0,34230647023 por ação e serão distribuídos no dia 28 de dezembro de 2023. Os juros sobre capital próprio só serão recebidos pelos investidores que tiveram ações da empresa até o final da sessão de 11 de dezembro de 2023.
Por essa razão, as ações que forem compradas a partir do dia 12 de dezembro não terão direito ao recebimento de proventos.
O pagamento de juros sobre capital próprio de qualquer empresa está sujeito a retenção de imposto de renda na fonte sobre o valor nominal, conforme a legislação aplicável.
Os investidores que são dispensados dessa tributação devem comprovar que são imunes ou isentos até o dia 13 de dezembro de 2023, indo até uma das agências da instituição financeira.
JCP do Banco do Brasil
- Valor: R$ 976.866.000,00
- Valor por ação: R$ 0,34230647023
- Data de corte: 11 de dezembro de 2023
- Data de pagamento: 28 de dezembro de 2023
Desempenho anual das ações do Banco do Brasil
Cotação BBAS3