O Banco do Brasil (BBAS3) atingiu lucro líquido de R$ 4,2 bilhões de janeiro a março, aumento de 32% em relação ao primeiro trimestre de 2020. O resultado foi impactado pelo aumento do resultado da intermediação financeira decorrente da redução da provisão para perdas.
As despesas administrativas alcançaram R$ 8,9 bilhões, crescimento de 9,4%, enquanto as receitas de prestação de serviços do Banco do Brasil no período foram de R$ 6,9 bilhões redução de 3%.
A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) ficou em R$ 2,536 bilhões. Uma redução de R$ 54,2 bilhões em relação ao mesmo período de 2020 e de R$ 50,8 bilhões em relação ao quarto trimestre de 2020.
De acordo com o relatório da XP Investimentos, assinado pelos analistas Marcel Campos e Matheus Odaguil, o desempenho positivo do banco estatal fruto de menores provisões não deve ser “sustentável nos próximos trimestres”.
Apesar disso, a corretora espera que os próximos meses do Banco do Brasil sejam impulsionados pelo consumo de cobertura ou por resultados mais baixos.
“Um caso para maior pagamento e consumo de cobertura: rendimento de dividendos. Especificamente, acreditamos que um payout maior e algum consumo de cobertura seria uma estratégia de criação de valor para o BB”, destacaram os especialistas.
Segundo eles, isso significaria um alto rendimento de dividendos acima de 10% para os investidores, além de reduzir o risco de destruição de valor no longo prazo em busca da competição com as fintechs. “Acreditamos que o banco está operacionalmente defendido e capitalizado, capaz de fazer frente ao payout”.
A XP tem recomendação de Compra para a companhia, com preço-alvo de R$ 43,00. No primeiro pregão após a divulgação dos resultados trimestrais, a ação do Banco do Brasil avançou 2,50%, a R$ 29,94.
O Retorno sobre o Patrimônio líquido Ajustado (RSPL) do BB ficou em 14,8%, no primeiro trimestre deste ano, 3,4 pontos porcentuais maior do que no trimestre anterior e 3,7 pontos acima da rentabilidade registrada em igual período de 2020.