Top pick: Banco do Brasil (BBAS3) deve valorizar 65%, diz XP; entenda a recomendação

Em atualização sobre a cobertura das ações do setor de bancos, a XP Investimentos destacou o Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4) como as companhias mais bem posicionadas diante do cenário macroeconômico atual, que permanece desafiador, com grande potencial de valorização.

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Em função do portfólio mais defensivo (e protegido) do Banco do Brasil contra eventuais aumentos na inadimplência, a empresa foi classificada como top pick do setor. O Itaú obteve a recomendação de compra.

A XP explicou, em relatório divulgado nesta terça-feira (14), que desde o início da pandemia os bancos brasileiros constituíram provisões consideráveis ​​para créditos de liquidação duvidosa em seus balanços.

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“No entanto, as taxas de inadimplência caíram significativamente durante os estágios iniciais da pandemia de Covid-19. Desde o final de 2020, os atrasos aumentaram gradualmente, aproximando-se dos níveis pré-pandêmicos. Embora esperemos que as taxas de inadimplência continuem subindo no curto prazo, estabilizando na média histórica, não descartamos picos temporários de inadimplência, dado o ambiente de estagflação no curto prazo”, diz o texto.

Os analistas lembram que. apesar do receio sobre o potencial aumento temporário relacionado à inadimplência para pessoas físicas, a XP vê um impacto limitado nos resultados dos bancos analisados.

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Isso ocorre porque eles BB e Itaú têm índices de cobertura saudáveis, com espaço para a expansão da margem financeira líquida – o que limita a pressão no lucro líquido.

“Nesse cenário, vemos o BB como a carteira mais defensiva e com provisões suficientes em seu balanço para amortecer o eventual impacto de taxas de inadimplência acima do esperado”, afirmam.

A XP acredita que o setor ainda terá oportunidades. As ações dos bancos brasileiros já superam o índice Bovespa no ano, numa média de crescimento de 13% contra -1% do Ibovespa.

“Ainda vislumbramos oportunidades no setor, apesar do forte desempenho acumulado no ano, com destaque para o Banco do Brasil e o Itaú”, pontuam.

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A projeção para a ação do Banco do Brasil é de que seja negociado com valuation excessivamente descontado em relação aos pares do setor, de 3,9 vezes o P/E para 2022, contra 7,3 a 7,7 vezes dos pares.

Sobre o Itaú, a XP afirma que ainda “vemos espaço para valorização de ITUB4, principalmente devido à sua lucratividade líder do setor e desempenho operacional sólido, apesar de seu prêmio de valuation em relação aos concorrentes (7,6x P/E para 2022E vs 7,3x-7,7x dos pares)”. Os analistas recomendam a compra da ação do Itaú, no preço alvo de R$ 31, com potencial de alta de 29%.

A XP recomenda compra para Banco do Brasil, ao preço alvo de R$ 57, com potencial de valorização de 65%. O Itaú tem preço-alvo de R$ 31, com alta estimada em 29%.

As ações do BB fecharam o pregão desta terça em leve queda de 0,02%, cotada a R$ 33,52. Os papéis do Itaú encerraram a sessão de hoje com baixa de 0,67%, negociados a R$ 23,65.

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Victória Anhesini

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