Os analistas do Itaú BBA integraram os números do segundo trimestre de 2022 (2T22) do Banco do Brasil (BBAS3) na tese de investimentos. “O Banco do Brasil registrou um de seus trimestres mais fortes de todos os tempos no 2T22, e não achamos que pare por aí”, afirmam, na primeira frase do relatório. Com os fortes resultados os analistas passaram a considerar a ação “top pick”.
A classificação das ações do Banco do Brasil é de outperform, ou seja, ativo que performa melhor que a média do mercado. O valor justo está em R$ 53 por ação, potencial de alta de 27,8% sobre o preço atual (R$ 41,47).
De acordo com o relatório do banco de investimentos, os analistas esperam que o faturamento acelere no segundo semestre e em 2023, especificamente em reprecificação de crédito e resultados de mercado sustentáveis.
“As despesas de provisão provavelmente aumentarão apenas modestamente este ano e em linha com a carteira de crédito em 2023″, diz o texto. “A busca pela eficiência está realmente embutida e seus efeitos são prováveis para ser visto novamente no ano que vem.”
O Itaú BBA aumentou a projeção do lucro líquido de 2022 e 2023 em 16% e 24%, respectivamente, de forma que seja gerado ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) de aproximadamente 20%.
Além disso, houve o aumento do valor justo para a expectativa de 2023, e os analistas mantiveram em R$ 44 para o restante de 2022.
O crescimento de EPS (Earnings per share, ou seja, lucros por ação) projetado do Banco do Brasil está em 15% para 2023, e a expectativa de 2019-23 para o EPS CAGR (taxa de crescimento anual composto) é de 18%, “o mais alto dentro de nossa cobertura de grandes bancos”, de acordo com os analistas.
O Itaú BBA também destaca que as ações ainda estão descontadas, a 0,66 vez de P/B (preço sobre valor contábil) e 3,4 vezes a expectativa de 2023 do P/E (Índice Preço/Lucro), para um rendimento de dividendos de 13%.
“Trimestre após trimestre, os descontos de cerca de 50% para outros bancos brasileiros tornam-se menos justificáveis pelos fundamentos. A maior reação que geralmente recebemos é o risco de mudanças nas política, maior em ano eleitoral. Enquanto esse risco não deve ser ignorado, acreditamos que está bem precificado”, pontua o relatório.
Por fim, o Itaú BBA acredita que os papéis do Banco do Brasil ainda não foram reclassificados entre as baixas, apesar de suas revisões maciças dos lucros. “Reiteramos nossa classificação de desempenho superior. É a nossa principal escolha entre os bancos brasileiros que cobrimos”, finalizam.
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