A Genial Investimentos emitiu um relatório com as suas projeções para o terceiro trimestre do Banco do Brasil (BBAS3). A casa vê o segmento rural pressionando os números, mas mantém recomendação de compra para as ações.
O relatório projeta um resultado mais moderado para o Banco do Brasil no 3º trimestre de 2024, com lucro de R$ 9,44 bilhões, queda de 0,6% em relação ao trimestre anterior e alta de 7,5% frente ao mesmo período do ano passado.
Segundo a casa, o aumento das provisões, especialmente no segmento rural, deve impactar negativamente o trimestre, enquanto o desempenho sólido do NII (receita com juros) ajudará a mitigar esses efeitos.
A inadimplência no setor agro e a provisão para devedores duvidosos (PDD) elevada pressionam os resultados, apesar de uma recuperação esperada no crédito agrícola a partir de setembro, projetam os analistas.
A carteira de crédito do Banco do Brasil, segundo a Genial, deve crescer modestamente (+1,2% t/t), e o Plano Safra 2024/25 oferece perspectivas positivas, com um aumento de +10% a/a nos recursos e uma maior participação do Banco do Brasil.
Os analistas estimam que as receitas com tarifas devem crescer +4,4% t/t, e as despesas administrativas, apesar de controladas, terão uma alta de +6,8% a/a, impulsionadas por investimentos em tecnologia.
Além disso, a casa espera que o banco seja beneficiado pela reversão parcial de provisões relacionadas ao caso Americanas (AMER3) (R$ 408 milhões). Para 2025, a projeção é de um crescimento sólido da carteira de crédito (+9,7% a/a) e um desempenho robusto em receita, aproveitando o ciclo de alta da SELIC.
Apesar da leve retração no lucro trimestral, os analistas entendem que o Banco do Brasil continua lucrativo e com boas rentabilidades. As ações BBAS3 estão atrativas, diz a casa, negociando a múltiplos baixos e com um dividend yield projetado de 10,2% para 2024.
O relatório reitera a recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), com preço-alvo de R$ 34,00 (upside de 29,3%).]
Neste ano, o Banco do Brasil opera praticamente estável, com uma alta na casa dos 0,60%. Em outubro, a ação tem recuo acumulado de pouco mais de 3%.