Ícone do site Suno Notícias

Banco do Brasil (BBAS3) renegocia R$ 1 bilhão na primeira semana do Desenrola

Edifício sede do Banco do Brasil (BBAS3) - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Edifício sede do Banco do Brasil (BBAS3). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Entre segunda-feira (17) e esta sexta (21), o Banco do Brasil (BBAS3) registrou R$ 1 bilhão em renegociações de dívidas relacionadas ao Desenrola, o programa de renegociação criado pelo governo federal.

Parte dos acordos foi no âmbito do programa Desenrola, e parte em públicos que não são atendidos pela primeira fase, mas para os quais o banco estendeu as condições especiais.

Foram renegociadas as dívidas de 75 mil clientes. Cerca de 34 mil foram contemplados pela Faixa II do programa, atendida pela primeira fase, com um volume renegociado de mais de R$ 255 milhões. Outros mais de 35 mil clientes pessoas físicas são de públicos que não são contemplados, mas que também tiveram acesso às condições especiais oferecidas pelo banco. Este grupo renegociou mais de R$ 500 milhões.

O Banco do Brasil também ofereceu condições diferenciadas a micro e pequenas empresas, e cerca de 6 mil delas aderiram, renegociando dívidas da ordem de R$ 230 milhões.

“Em apenas uma semana, tivemos mais de 75 mil clientes desenrolados no BB. Um destaque especial para as micro e pequenas empresas, um dos setores que mais emprega no Brasil”, afirma em nota a presidente do banco, Tarciana Medeiros. “Ou seja, é um programa que também vai apoiar na geração de emprego e renda.”

A executiva afirma ainda que o Banco do Brasil pode ser um dos principais em número de renegociações ao longo do programa, que, segundo ela, conseguiu atingir a milhares de pessoas rapidamente graças à colaboração entre o mercado e o governo federal durante sua elaboração. “Consideramos o Desenrola um programa que marcará época sempre que se falar em soluções para regularizar a vida financeira das pessoas.”

Na primeira fase do Desenrola, iniciada na segunda, os bancos podem renegociar as dívidas de clientes com renda mensal entre dois salários mínimos e R$ 20.000, e ganham créditos tributários de mesma monta dos descontos que concedem. Além disso, podem retirar de cadastros restritivos os nomes de clientes que devam até R$ 100, mas as dívidas não são perdoadas.

No Banco do Brasil, os descontos são de até 96% no valor das dívidas, com prazo de pagamento de até 120 meses, para os públicos selecionados. O banco oferece ainda desconto de até 25% nas taxas de juros de renegociação.

Itaú BBA: segundo trimestre será diversificado para bancos

Em relatório divulgado no último domingo (16), o Itaú BBA projetou uma temporada ‘diversificada’ para os bancos brasileiros no segundo trimestre. Investidores estarão em busca de pistas para saber se o primeiro trimestre foi ou não um período fraco para o setor, e o que esperar para o segundo semestre deste ano e 2024.

No texto, a instituição afirmou estar otimista com BTG Pactual (BPAC11) e Nubank, que provavelmente apresentarão fortes ganhos e terão chances de revisão para cima, assim como Banco do Brasil e B3. Por outro lado, Bradesco e Santander Brasil devem registrar outro conjunto de resultados fracos, pressionados por despesas operacionais e pressões de provisão.

No caso do BTG Pactual, o Itaú espera que a instituição reporte um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões, com contribuições de todas as unidades de negócio e destaque para melhores condições de negócios em empréstimos para empresas. O balanço da companhia será divulgado em 9 de agosto, antes da abertura do mercado.

“No geral, o desempenho do segundo trimestre deve colocar o BTG no caminho para cumprir sua orientação fiscal para o ano e, provavelmente, desencadeará revisões para cima, dados os fortes sinais de melhora na atividade comercial durante o segundo semestre de 2023”, afirmou o banco.

Já sobre o Nubank, o Itaú BBA acredita que a fintech reportará um lucro líquido de R$ 195 milhões no segundo trimestre, implicando em um Retorno sobre Patrimônio (ROE) consolidado de 15%. O balanço do “roxinho”, como é popularmente conhecido, deve ser divulgado em 15 de agosto, depois do fechamento do mercado.

A margem financeira bruta do Nubank do período deverá ser a principal impulsionadora dos resultados, dada a rápida monetização dos cartões e a reaceleração da carteira de crédito pessoal. Os investidores também estão na expectativa sobre o recente lançamento do crédito consignado, disse o BBA.

Em relação à B3, a instituição afirmou que a bolsa brasileira teve uma melhora sequencial de aproximadamente 6% nos volumes, impulsionada pela melhora significativa nos preços de mercado no final do trimestre. O BBA acredita que as pressões de custo estão diminuindo, e espera uma alavancagem operacional daqui para a frente para a companhia.

Banco do Brasil, Bradesco e Santander Brasil: divergência entre grandes bancos

De acordo com o Itaú BBA, o Banco do Brasil deve continuar se destacando entre os grandes bancos, com ROE de 20% e lucro estimado em R$ 8,7 bilhões, além da melhor dinâmica de crescimento de carteira de empréstimos entre as grandes instituições.

Por outro lado, o Bradesco seguirá enfrentando desafios no negócio de crédito, com estimativa de R$ 4,4 bilhões com ROE de 11% no segundo trimestre de 2023, apontaram os analistas do BBA. É provável, também, que o Santander também tenha um desempenho fraco, com ROE de 11% e ganhos ligeiramente melhores, mas com uma carteira de empréstimos lenta.

O balanço do Santander Brasil deve ser divulgado no próximo dia 26 de julho, antes da abertura do mercado. Já o de Bradesco deve ser divulgado no dia 3 de agosto e o do Banco do Brasil em 9 de agosto, ambos depois do fechamento.

Banco do Brasil: XP ‘aumenta aposta’ em dividendos

Em relatório sobre sua carteira de dividendos divulgado no início do mês, a XP elevou a posição em ações do Banco do Brasil de 10% para 15%, tornando-a a segunda empresa com uma fatia deste patamar na carteira – ante 5% ou 10% para as demais recomendações.

Atualmente a casa mantém recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 61, ao passo que os papéis são negociados pouco acima de R$ 50.

Sobre os dividendos do Banco do Brasil, a XP destaca o patamar do dividend yeidl (DY) de cerca de 10% dos papéis.

Vale destacar que, simultaneamente ao aumento da recomendação de BBAS3 na carteira de dividendos, os especialistas cortaram o peso da posição em Itaú (ITUB4) de 15% para 10%.

“Embora mantenhamos a visão positiva de ambos os nomes, em grande parte devido ao momento operacional positivo, vemos as ações do Banco do Brasil negociando com múltiplos excessivamente descontados dados os níveis atuais de ROEs entregues por ambos. Por fim, esperamos um dividend yield maior para o BB nos próximos anos”, diz a casa.

Cotação de Banco do Brasil

No fechamento desta sexta-feira (21), as ações ordinárias do Banco do Brasil fecharam em alta de 1,19%, a R$ 48,52.

Cotação BBAS3

Gráfico gerado em: 21/07/2023
1 Dia

Com Estadão Conteúdo

Sair da versão mobile