O Banco do Brasil (BBAS3) exercerá, em junho, a opção de recompra total do título de dívida subordinada que foi emitido em meados de 2014, com cupom 9% (Banbra 9% a.a.). A decisão foi informada pela companhia nesta quinta-feira (8), mesmo dia em que o banco divulgou seu resultado trimestral.
Conforme o comunicado do Banco do Brasil, o título Banbra 9% a.a. foi emitido no montante original de US$ 2,5 bilhões, estando em circulação hoje US$ 1,37 bilhão.
“A operação de recompra será realizada com recursos provenientes do caixa do BB e não trará impactos relevantes para os níveis de liquidez. O capital complementar de nível I de 13,91% em 31/12/23 sofrerá uma redução aproximada de 53 pontos base na data do exercício da recompra, permanecendo em patamar superior ao nível regulatório”, detalha o banco.
Já no caso do título de dívida emitido em 2013, Banbra 6,25%, o BB informou que não irá exercer seu direito de recompra.
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“O não exercício da opção de recompra do Banbra 6,25% a.a., conforme estabelecido na escritura do título, resultará na reprecificação do cupom pela taxa do título emitido pelo tesouro estadunidense para o prazo de 10 anos vigente na data da reprecificação (UST 10Y em 15/04/2024) acrescido de um spread de 439,8 pontos base”, explica a empresa.
“Após a primeira data de exercício da call option (15/04/2024), a opção de recompra passa a ser semestral, na data de pagamento do cupom. O BB continuará avaliando o exercício da opção de recompra sob os aspectos econômico-financeiros, de liquidez e de capital”, completa.
Resultado do Banco do Brasil
O Banco do Brasil anotou um lucro líquido ajustado de R$ 9,4 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), conforme balanço trimestral divulgado nesta quinta-feira (8).
No acumulado de 2023, o lucro líquido foi recorde, somando R$ 33,8 bilhões, com crescimento de 8,7% comparado a 2022. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, o resultado do banco subiu 7,5%.
O resultado do Banco do Brasil mostra um crescimento de 4,8% na comparação com o quarto trimestre de 2022 (4T22), assim como um aumento de 7,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado (3T23).
O resultado do BBAS3 foi impulsionado pelas margens, que equivalem à receita do banco com operações que rendem juros. Uma das alavancas do indicador foi o resultado do Banco Patagonia, controlado pelo banco na Argentina, que teve números mais altos diante do efeito da variação cambial sobre os títulos atrelados ao dólar, em um período de maxidesvalorização do peso argentino. Também houve efeito do crescimento da carteira de crédito do banco.
O banco conseguiu manter inadimplência abaixo dos principais pares do setor privado graças ao menor risco da carteira de crédito, que também cresceu acima da concorrência. Como resultado, observou forte ampliação das receitas.
A companhia fechou o trimestre com R$ 2,172 trilhões em ativos, um aumento de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado, mas uma baixa de 3,4% em três meses.
O patrimônio líquido do Banco do Brasil ficou em R$ 173,076 bilhões, alta de 5,5% em um ano. Conforme aponta o balanço do Banco do Brasil, o Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) chegou a 22,5% no 4T23.