Banco do Brasil (BBAS3): Preocupações do mercado foram excessivas? Entenda

Apesar da queda das ações do Banco do Brasil (BBAS3) na quinta (9), com o mercado digerindo o balanço financeiro do 1T24, boa parte do sell side segue otimista com a companhia.

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Ainda que o provisionamento do banco tenha apontado para a ponta do guidance do Banco do Brasil, os analistas seguem otimistas – especialmente ao ver as últimas linhas polpudas do balanço.

O lucro do Banco do Brasil, vale lembrar, foi o maior da história para um primeiro trimestre, marco que o banco atinge pelo segundo ano consecutivo.

“Apesar das eventuais preocupações com uma normalização do desempenho do Banco Patagonia e uma potencial deterioração na inadimplência do agro, acreditamos que o operacional do Banco do Brasil continua resiliente com sólida e consistente geração de lucro”, diz a Genial Investimentos.

“Os múltiplos do banco continuam em patamares bastante atrativos, com um P/L de apenas 4,1x para 2024 e um P/VP de 0,8x para o mesmo período, além de um generoso dividend yield de 9,8%”, conclui a casa.

A recomendação da genial é de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 34.

Atualmente os papéis BBAS3 negociam na casa dos R$ 27 em bolsa.

Banco do Brasil foi ‘salvo pelo NII’, diz BTG

A tese do BTG é de que a receita líquida de juros (NII, na sigla em inglês) ‘salvou o dia’ no resultado do Banco do Brasil.

“O Banco do Brasil está no caminho certo para entregar os R$ 37-40 bilhões de guidance para o ano. Mais uma vez, uma margem financeira mais forte do que o esperado ajudou a NII com o mercado, impulsionada pela Patagônia, foi o principal razão pela qual os ganhos ficaram 2% acima das nossas estimativas”.

A casa também recomenda compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 36.

“Com o ROE ainda acima de 20%, acreditamos que a ação tem um bom suporte, embora não a vejamos com a mesma vantagem fizemos no ano passado”, destacam os especialistas.

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Patagonia segue em pauta, mas preocupa menos agora, diz Goldman Sachs

Em relatório após a conferência de resultado do BB, o Goldman Sachs destacou que os ajustes não recorrentes ao lucro líquido são referentes ao Imposto de Renda na Patagônia, implicando em R$ 900 milhões, além da redução ao valor recuperável de títulos de uma empresa de telecomunicações que entrou em nova recuperação judicial, o que representa R$ 1,7 bilhão.

“O Patagônia permaneceu um principal ponto de discussão, enquanto a administração mencionou que as expectativas de orientação da NII já incluem uma desaceleração esperada desta unidade. Olhando para o seu núcleo empresas, o Banco do Brasil permanece construtivo em relação ao crescimento do crédito consignado e sua operação renovada de cartão de crédito, enquanto a qualidade dos ativos deverá permanecer sob controle”, diz a casa.

A casa projeta R$ 38 bilhões de lucro para o Banco do Brasil neste ano de 2024. A recomendação segue de compra, com preço-alvo de R$ 33.

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Eduardo Vargas

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