Banco do Brasil (BBAS3) nega negociações sobre a venda de gestora de recursos
O Banco do Brasil (BBAS3) esclareceu, na noite da última segunda-feira (25), que não há “decisão materializando qualquer negociação” envolvendo sua gestora de recursos, a BB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (BB DTVM).
O posicionamento do Banco do Brasil vem à tona após a agência de notícias Reuters informar que o BB aguarda ofertas vinculantes pela DTVM no próximo mês, segundo fontes.
A direção do banco ratificou que continua avaliando alternativas e estudando possibilidades que “contribuam com sua estratégica de atuação na atividade de gestão de recursos de terceiros”, mas que ainda não há negociações envolvendo seu segmento de asset management. A informação foi revelada por meio de um comunicado ao mercado.
De acordo com a agência, algumas das maiores administradoras de ativos do mundo, incluindo BlackRock, Franklin Templeton e Prudential Financial demonstraram interesse em comprar a BB DTVM em 2020. Agora, contudo, não está claro se as possíveis ofertas vinculantes partiriam desses players do mercado de gestoras.
O processo de venda da gestora do BB foi iniciado em 2019, sob o comando do ex-presidente da companhia, Rubem Novaes, sendo interrompido em fevereiro do ano passado. À época, a instituição estatal considerou as ofertas recebidas abaixo do esperado e não deu continuidade às negociações.
A BB DTVM é a maior administradora de recursos do País e teve cerca de R$ 1 trilhão em ativos sob gestão em 2020. Segundo a Reuters, um dos requisitos para os compradores é que tenham ao menos US$ 500 bilhões (cerca de R$ 2,72 trilhões) em ativos sob gestão e que sejam, de preferência, estrangeiros.
Banco do Brasil prevê economia e otimização com redimensionamento
No dia 11 de janeiro, o Banco do Brasil anunciou um conjunto de medidas para o redimensionamento de sua estrutura organizacional.
Embora tenha trazido um forte rumor de demissão de André Brandão, sucessor de Rubem Novaes, por insatisfação do presidente Jair Bolsonaro, o Conselho da instituição reiterou seu apoio às medidas, sobretudo porque visam uma otimização e maior eficiência operações do banco.
Segundo a direção da estatal, com a desativação de 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento, além de outras medidas, a economia líquida anual estimada com despesas administrativas é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.
A companhia pretende expandir sua capacidade de assessoramento gerenciado aos clientes, “ampliando o relacionamento e os negócios e potencializando a satisfação e fidelização”.
“A reorganização da rede de atendimento objetiva a sua adequação ao novo perfil e comportamento dos clientes e compreende, além das medidas de otimização de estrutura, outros movimentos de revisão e redimensionamento nas diretorias, áreas deapoio e rede, privilegiando a especialização do atendimento e a ampliação da oferta de soluções digitais”, diz o Banco do Brasil.