Lula quer uma mulher no comando do Banco do Brasil (BBAS3); veja as cotadas
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer que uma mulher assuma a liderança do Banco do Brasil (BBAS3) durante o seu governo. Segundo informações divulgadas nesta quarta (14), o martelo ainda não está batido e, entre os nomes cotados, encontram-se três funcionárias de carreira da instituição.
De acordo com a apuração do jornal Valor Econômico, as opções que circulam nos bastidores são:
- Ana Paula Teixeira Sousa, vice-presidente de controles internos e gestão de risco;
- Lucinéia Possar, diretora jurídica;
- Ângela Beatriz de Assis, presidente da BrasilPrev.
A ideia dos petistas é selecionar alguma funcionária de carreira, ainda na ativa, e promovê-la para a presidência do Banco do Brasil, mas as opções que se enquadram no perfil desejado não são muitas.
Além do desejo de Lula, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, estaria pressionando o presidente eleito para colocar uma mulher na liderança do BB.
Caso a Caixa Econômica Federal siga sendo comandada por uma mulher no governo Lula, a pressão para que a liderança do BB também seja feminina diminuiria — atualmente, a presidência da Caixa está nas mãos da economista Daniella Marques, que entrou no cargo após a saída de Pedro Guimarães, acusado de assédio contra funcionárias do banco.
Para ocupar o lugar de Daniela durante a nova gestão Lula, um dos nomes apontados nos bastidores é o de Maria Fernanda Ramos Coelho, ex-presidente da instituição financeira durante o segundo governo do petista.
Em coletiva de imprensa realizada na noite de terça (13), o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que os nomes dos líderes do BB e da Caixa estão sendo escolhidos diretamente por Lula.
Executivas cotadas para a liderança do Banco do Brasil
Entre as executivas apontadas para liderar o alto escalão do Banco do Brasil, existem alguns prós e contras.
No caso de Ana Paula, um dos pontos negativos é que ela é ligada à administração atual. Além disso, seu marido, Flávio Basílio, atuou no governo Temer e se aproximou dos militares, mas não é considerado um “bolsonarista”.
Lucinéia é bem avaliada no departamento jurídico, mas faltaria experiência na área comercial. Enquanto isso, Ângela é vista como uma possibilidade mais independente e que não teria grandes ligações políticas.
Na contramão deste movimento de Lula, o atual presidente do BB, Fausto Ribeiro, faz uma campanha para permanecer à frente do banco. Funcionários da instituição também realizam um movimento voluntário para ele siga na liderança da empresa, com o mote #FicaFausto.
Próximo da família Bolsonaro, Ribeiro foi criticado quando assumiu a gestão do Banco do Brasil por não ter passado por nenhuma vice-presidência da empresa. Mesmo assim, sua administração foi técnica e ele deixará o cargo tendo entregue lucros e rentabilidades históricas.