Banco do Brasil (BBAS3): Associação diz que mudanças são início de privatização
A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) solicitou esclarecimentos sobre as medidas de redimensionamento anunciadas pela companhia na última segunda-feira (11). Para a entidade, as alterações transmitem uma percepção de “cortina de fumaça” para encobrir “intenções privatistas“.
Serão desativadas 361 unidades físicas, além do desligamento de aproximadamente 5 mil funcionários por meio de programas de demissão voluntária. A associação dos colaboradores do Banco do Brasil cobrou explicações através de uma carta encaminhada ao presidente da instituição, André Guilherme Brandão.
Para a associação, o esvaziamento do empresa e o enfraquecimento de sua operação em suas principais áreas comprometem sua solidez e seu papel de banco público. “Uma forma de se desfazer de patrimônio público é ir, gradativamente, enfraquecendo as empresas e comprometendo seu desempenho”, comenta o presidente da ANABB, Reinaldo Fujimoto, no documento.
O representante alerta que a medida trará reflexo negativo para milhões de clientes do banco, não levando em consideração a atual situação do País.
Segundo a entidade, as alterações anunciadas tendem a sobrecarregar os funcionários. “O anúncio pode satisfazer expectativas do mercado de curtíssimo prazo, mas estão na contramão do papel histórico e institucional do Banco do Brasil na economia brasileira, sobretudo em situações de estagnação econômica e de desafios para a retomada do desenvolvimento”.
Banco do Brasil prevê economia e otimização
De acordo com a direção da estatal, a economia líquida anua estimada com despesas administrativas geradas pelas ações anunciadas é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.
A companhia pretende expandir sua capacidade de assessoramento gerenciado aos clientes, “ampliando o relacionamento e os negócios e potencializando a satisfação e fidelização”.
“A reorganização da rede de atendimento objetiva a sua adequação ao novo perfil e comportamento dos clientes e compreende, além das medidas de otimização de estrutura, outros movimentos de revisão e redimensionamento nas diretorias, áreas deapoio e rede, privilegiando a especialização do atendimento e a ampliação da oferta de soluções digitais”, diz o documento do Banco do Brasil.
Com informações do Estadão Conteúdo.