Banco do Brasil (BBAS3): interferência do governo pode recair sobre o banco também?
Com os ruídos recentes de interferência do Governo nos dividendos da Petrobras (PETR4), especialistas discutem como isso ‘respinga’ no Banco do Brasil (BBAS3) – companhia que tem uma dinâmica diferente mas também tem o estado como controlador.
Especialistas do BTG Patcual destacam que a queda das ações do Banco do Brasil nos últimos pregões se deu justamente pelos “temores de intervenção política”.
“O presidente Lula disse em entrevista ao SBT nesta semana, dias após reunião com dirigentes de bancos públicos, que “é possível” fazer estes agentes baixarem as suas taxas para obrigar os rivais privados a fazerem o mesmo”, observa .
“Ontem, a presidente do BB, Tarciana Medeiros, foi entrevistada pela mídia local , que acreditamos ter ajudado a reduzir o ruído político. A executiva explicou que não houve nenhum pedido do governo para que os bancos públicos reduzissem taxa de juros“, completa.
Segundo Tarciana, o que Lula ele pediu foi para “fazer com que o crédito chegasse aos brasileiros”. A executiva ainda acrescentou que o banco não fará operações não lucrativas, como empréstimos consignados para aposentados.
“Desde que assumiu, acreditamos que Medeiros tem sido muito assertiva e comunicou-se bem com todas as partes interessadas, desde o governo (na agenda social) aos acionistas minoritários (preocupados com a rentabilidade do negócio)”, aponta o BTG.
Vale lembrar que o banco afirmou recentemente que 2024 não é deverá ser o seu ano de pico de lucros, antecipando o crescimento contínuo em 2025.
“Acreditamos que a entrevista de ontem e a possibilidade de ver alguns dividendos na Petrobras (PETR4) poderia ajudar melhorar novamente a percepção de risco do BB”, concluem os analistas do banco.
Cotação do Banco do Brasil
Cotação BBAS3
