O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou nesta quarta-feira (10) que no segundo trimestre de 2022 (2T22) alcançou lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões, valor equivalente a um salto de 54,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a alta foi de 18%.
O Banco do Brasil elencou os seguintes motivos pelo crescimento do lucro sobre o trimestre imediatamente anterior:
- Aumento de 11,2% da margem financeira bruta,
- Crescimento de 4,3% das receitas de prestação de serviços;
- Elevação de 6,5% na PCLD Ampliada (provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa); e
- Expansão de 27,3% no resultado de participações em controladas, coligadas e joint ventures.
A margem financeira bruta do Banco do Brasil foi de R$ 17 bilhões, índice que mede o resultado com operações que rendem juros. É uma alta de 18,9% em um ano. A margem financeira líquida subiu 23,1%, para R$ 11,4 bilhões.
A receita total do Banco do Brasil do banco totalizou R$ 28,9 bilhões no trimestre, alta 22,8% ante o 2T21.
As receitas de prestação de serviços do Banco do Brasil alcançou R$ 7,8 bilhões no período de referência, 8,9% acima do valor visto nos mesmos meses de 2021.
“As receitas de prestação de serviços somaram R$ 7,8 bilhões no 2T22, aumento de 4,3% na comparação com o trimestre anterior, influenciadas principalmente pelos desempenhos das receitas de administração de fundos (+8,7%) e de operações de crédito (+26,0%)”, diz o balanço do Banco do Brasil.
O Índice de Basileia do BB, em junho de 2022, era de 17,54%. O release da empresa destaca que possui Plano de Capital com visão prospectiva de três anos e considera:
- A Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos;
- Estratégia Corporativa; e
- Orçamento Corporativo.
Patrimônio líquido do Banco do Brasil
Ao final do primeiro trimestre, o Banco do Brasil tinha R$ 2,03 trilhões em ativos, um aumento 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A variação é atribuída à alta nos ativos financeiros, em especial títulos e valores mobiliários.
O patrimônio líquido do banco ficou em R$ 153,014 bilhões, alta de 10,7% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado, chamado pelo BB de RPSL, foi a 17,3%, alta de 3,1 p.p. em base anual, e de 2 p.p. em três meses.
Ao longo dos últimos trimestres, o BB vinha buscando uma redução da diferença de rentabilidade entre seu balanço e os dos pares privados. Com o resultado do trimestre, ultrapassou o Santander e o Bradesco e ficou atrás somente do Itaú, que apresentou ROE de 20,8% no período.
Carteira de crédito
A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 919,5 bilhões em junho de 2022, evolução de 19,9% na comparação com junho de 2021 e +4,1% na comparação com março deste ano.
A carteira ampliada Pessoa Física cresceu 2,1% frente a março e 14,1% em relação a junho de 2021, influenciada pela performance positiva no crédito consignado (+2,3% no trimestre e +10,5% no ano) e cartão de crédito (+5,0% no trimestre e +51,7% no ano).
A carteira do agronegócio no final do 2T22 aumentou 2,9% na comparação com março e 27,3% no ano, com “destaque para o crescimento de certificado de direitos
creditórios do agronegócio (+34,8% no trimestre e +463,4% no ano) e da cédula de produto rural e garantias (+28,8% no trimestre e +74,4% no ano)”, de acordo com o relatório.
Inadimplência do Banco do Brasil cai no 1T22
O índice de inadimplência do Banco do Brasil de operações vencidas há mais de 90 dias registrou uma alta para 2,0% sobre o trimestre imediatamente anterior. Sobre os últimos 12 meses, o índice foi de 1,86% para 2,0%.
O índice de cobertura do Banco do Brasil recuou, anteriormente de 325,9% em junho de 2021 para 271,0% em junho de 2022.