Analistas do Goldman Sachs reiteraram otimismo sobre o Banco do Brasil (BBAS3) em novo parecer sobre o setor de bancos e destacaram sua projeção de que o banco deve aumentar os números da sua última linha do balanço.
Conforme os analistas da casa, o lucro do Banco do Brasil deve ser de R$ 9,9 bilhões no acumulado do terceiro trimestre deste ano (3T23) – o banco divulga o resultado no dia 9 de novembro.
Com isso, a casa espera uma alta de 9% no comparativo com igual etapa do ano anterior.
Além disso, os especialistas analistas esperam um ROE (retorno sobre o patrimônio) considerado ‘saudável’ de 21,9%.
“Apesar da desaceleração geral dos empréstimos ao setor, acreditamos que o Itaú (ITUB4) e o Banco do Brasil estão bem posicionados para expandir suas carteiras de empréstimos, dada a exposição de alta renda e rural, respectivamente, bem como as tendências de melhor qualidade nos nos seus ativos”, diz o Goldman Sachs.,
“Também prevemos crescimento ainda saudável da receita líquida de juros, enquanto as taxas podem expandir 6% no trimestre (+3% no comparativo anual)”, completa.
Os analistas destacam que o segmento rural – a grande ‘âncora’ do banco – deve seguir crescendo na base anual, dado que os dados divulgados até agosto pelo Banco Central mostram que empréstimos rurais saltaram 21% na base anual.
“A qualidade dos ativos provavelmente permanecem sob controle, embora os NPL (crédito não produtivo) das empresas possam aumentar”, observa o Goldman Sachs.
XP espera aumento de dividendos do Banco do Brasil em 2024
Segundo projeções dos analistas da XP, o BBAS3 deve beirar um patamar de 10% em dividend yield (DY) no ano de 2024.
As expectativas da casa são de que os dividendos do Banco do Brasil mostrem uma elevação de 9,3% neste ano para 9,8% no ano que vem.
Conforme dados atualizados do Status Invest, as ações do Banco do Brasil deram direito ao recebimento de R$ 4,59 por papel nos últimos 12 meses.
Além disso, as ações do Banco do Brasil mostram uma alta de 45% no acumulado de 2023, a uma cotação atual de R$ 48,44.
A recomendação da XP para as ações, apesar disso, ainda é de compra.
Segundo os analistas, o banco deve ter o maior DY dentre os bancos e instituições financeiras da bolsa no ano que vem.
As estimativas colocam logo atrás do Banco do Brasil a B3 (B3SA3) e o Itaú Unibanco (ITUB4), com 7,6% e 4,8% de yield projetados para o ano de 2024, respectivamente.