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Banco do Brasil (BBAS3) ou Itaú (ITUB4): veja que balanço do 1T24 vai animar mais o mercado, segundo a XP

Banco do Brasil (BBAS3)

Banco do Brasil (BBAS3). Foto: Giovanni Nobile - Assessoria de Imprensa BB

O Banco do Brasil (BBAS3) deve continuar sua trajetória de crescimento robusto na carteira de crédito, em conformidade com o guidance (desempenho) estabelecido de 8% a 12% no primeiro trimestre deste ano (1T24), prevê a XP Investimentos em relatório divulgado ao mercado sobre as projeções dos principais bancos no primeiro trimestre de 2024. Com desaceleração acima do previsto no setor do agronegócio, os analistas projetam resultado líquido das operações correntes de R$ 8,7 bilhões, resultando em uma rentabilidade do capital próprio (ROE) de 21,3%.

Os estrategistas dizem também que o banco deve ter um aumento na margem financeira bruta de 14% em comparação com o ano anterior, embora tenha havido uma diminuição de 6,6% em relação ao trimestre anterior (4T23), principalmente devido a operações de crédito mais modestas. Em relação à taxa de inadimplência (NPL acima de 90), é previsto um ligeiro aumento de 10bps para 3,0%, um dos mais baixos do setor, refletindo o perfil defensivo da carteira do BB.

Para o Itaú (ITUB4), a XP espera um crescimento de apenas um dígito na carteira de crédito do banco, impactado pelas festas de fim de ano e pelo menor número de dias úteis. A Receita de Juros Líquida do Itaú (NII) deverá ser impulsionada pelo aumento da carteira de crédito, enquanto o NPL deve se manter estável. O custo do crédito deve continuar a sua tendência descendente, resultando em um sólido crescimento do resultado líquido do Itaú e um ROE de 16,1%.

Bradesco (BBDC4) deve reduzir 1,4% na carteira de crédito; Santander terá alta de 5%

A análise da XP para o Bradesco (BBDC4) prevê uma redução de 1,4% na carteira de crédito no 1T24 em comparação ao mesmo período do ano anterior, influenciada por concessões de crédito conservadoras e um início de ano lento. Espera-se também um decréscimo de 1,0% em relação ao trimestre anterior.

A taxa de inadimplência do Bradesco, explicam os estrategistas, é projetada para aumentar marginalmente no primeiro trimestre, devido à sazonalidade, mas espera-se que o banco recupere o controle sobre a inadimplência ao longo do ano. Consequentemente, antecipa-se uma queda no resultado recorrente do Bradesco, com um ROE de 9,5%.

Já o Santander (SANB11) deve reportar um aumento de 5% na carteira de crédito em seu resultado no primeiro trimestre, refletindo um ligeiro aumento do apetite pelo risco. A margem financeira (NI) deve crescer 9,5% em relação ao ano anterior, enquanto as receitas de tarifas provavelmente vão registrar um ligeiro aumento de +2,5%. Antecipa-se uma taxa de inadimplência marginalmente mais elevada, mas ainda controlada, resultando em um ROE de 12,3%, segundo relatório.

Tradicionalmente, o setor bancário deve enfrentar desafios sazonais nos resultados do 1T24, conforme a XP. Os especialistas chamam o período de “efeito Pindaíba”, que inclui taxa de inadimplência ligeiramente maior devido às despesas decorrentes das festas de fim de ano e impostos anuais concentrados no início do ano.

XP recomenda compra para ações de dois bancos

A XP Investimentos mantém recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, estabelecendo um preço-alvo de R$ 36,50 por papel BBAS3.

As ações do Itaú também têm recomendação de compra. A XP recomenda um preço-alvo de R$ 35 por papel.

Para o Bradesco, os analistas informam que a recomendação é neutra, com um preço-alvo de R$ 19 por ação BBDC4. As ações SANB11 também recebem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 34 por papel.

Nesta quarta-feira (17), os quatro bancos fecharam o Ibovespa em baixa. O Banco do Brasil encerrou o dia com ação negociada a R$ 32,86 (-0,48%), o Itaú a R$ 31,69 (-0,44%), Bradesco a R$ 12,23 (-1,05%) e o Santander R$ 26,73 (-0,45%).

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