A Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), terminou 2023 com superávit acumulado de R$ 14,5 bilhões no chamado Plano 1, o maior da entidade. Este foi o maior resultado acumulado dos últimos 10 anos, destacou o presidente da Previ, João Fukunaga, em entrevista coletiva na sede da entidade, na zona Sul do Rio de Janeiro.
O Plano 1, informou a Previ, alcançou rentabilidade de 13,5% ao ano, enquanto a meta atuarial foi de 8,6% (INPC + 4,75%). As principais contribuições para o desempenho vieram dos segmentos de renda fixa e renda variável. No Plano 1, a Previ tem R$ 237,6 bilhões investidos, sendo 58,3% em renda fixa (R$ 138,5 bilhões) e 32,6% em renda variável (R$ 77,4 bilhões).
Com peso bem menor, o segmento de investimento no exterior, que responde por 0,5% da alocação (R$ 1,2 bilhões), apresentou a maior rentabilidade, 24,3%. Isso, indicou o fundo de pensão, se deve ao ano de recuperação mesmo que em cenário adverso de aumento de juros no exterior.
Já o segmento imobiliário, que representa 5,5% da alocação (R$ 13 bilhões), teve boa rentabilidade, de 14,8%. Completam as alocações os 2,9% (R$ 6,8 bilhões) relativos a financiamentos e 0,3% (R$ 0,6 bilhão) de investimentos estruturados.
Superávit Plano 1
O superávit acumulado de R$ 14,5 bilhões considera o resultado acumulado relativo a 2022 (R$ 4,7 bilhões), além de R$ 28,09 bilhões fruto da rentabilidade líquida de investimentos e R$ 3,3 bilhões em contribuições. Disso são descontados R$ 16,1 bilhões relativos ao pagamento de benefícios em 2023, R$ 2,3 bilhões em provisões matemáticas e R$ 3,19 bilhões relativos a outros gastos, como contingências. Isolado, o resultado do exercício de 2023 foi de R$ 9,8 bilhões, esclareceu o diretor de Investimentos da Previ, Claudio Gonçalves.
Previ Futuro
Já o Previ Futuro, plano menor do fundo, alcançou R$ 32,8 bilhões em ativos totais em 2023. A rentabilidade acumulada no ano foi de 16,1%, perto do dobro da meta atuarial de 8,5% (INPC + 4,62%). Aí, as principais contribuições para o desempenho vieram dos segmentos de renda fixa e renda variável. A carteira de renda variável apresentou a maior rentabilidade, com 21,2%. Já os segmentos de investimento no exterior e imobiliário tiveram rentabilidade de 20,5% e 20,2% respectivamente.
O diretor de investimentos da Previ, Claudio Gonçalves, destacou que o fundo mantém o foco em empresas que são boas pagadoras de dividendos. Em 2023, esses dividendos obtidos pela Previ somaram R$ 5,7 bilhões, advindos de empresas como Petrobras, Vale, Ambev e outras.
Com relação à carteira de participações em renda variável, Gonçalves disse que a Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), não realizou movimentos avançados em 2023, com exceção da participação no follow-on de BRF (BRFS3). No Previ Futuro, ao contrário, teria havido “gestão mais ativa”. “É uma forma diferente de se gerir, mais ativa, endereçada, aplicando estratégias de renda variável e multimercados”.
*Com informações de Estadão Conteúdo