Banco do Brasil (BBAS3): Para conselho, Fausto Ribeiro seria nome inadequado à presidência

Três conselheiros do Banco do Brasil (BBAS3) teriam julgado inadequada a indicação de Fausto Ribeiro, feita pelo presidente da República Jair Bolsonaro, ao cargo de diretor-executivo (CEO) da instituição. O temor agora é que se o nome de Ribeiro for confirmado, desprezando a opinião do conselho, surja uma crise no colegiado. As informações são do jornal Valor Econômico.

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Fausto Ribeiro, atual presidente do braço de consórcios do Banco do Brasil, foi entrevistado por dois membros independentes, Hélio Magalhães, presidente do conselho, e José Guimarães Monforte, estes indicados pelo Ministério da Economia, e por Luiz Serafim Spinola Santos, coordenador do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade, indicado pelos acionistas minoritários.

A conclusão do conselho é que falta a Fausto experiência para ficar à frente da instituição. Apesar de estar nela desde 1988, ele assumiu apenas em setembro de 2019 a presidência da BB Consórcios tendo, antes disso, estado à frente somente de diretorias em unidades fora do país.

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Nomeação de presidente do Banco do Brasil cabe apenas a Bolsonaro

A nomeação dos presidentes dos bancos estatais, como é o Banco do Brasil, cabe apenas ao presidente da República. O parecer dos três conselheiros não tem poder de barrar a escolha de Fausto ao cargo, mas se Bolsonaro optar por seguir com ela pode criar um mal-estar e até mesmo, como se viu na Petrobras (PETR4), uma debandada dos membros.

Uma baixa no conselho de administração do Banco do Brasil já é esperada de qualquer forma após a renúncia de André Brandão ao cargo de presidente. Parte dos membros haviam se manifestado em defesa de Brandão e alertado que a substituição não seguia os melhores critérios de governança.

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Apesar de ser de dentro da casa, os comentários são que a escolha de Fausto Ribeiro se deu, praticamente, por “eliminação”, com o presidente Bolsonaro atrás de executivos que compactuam com suas ideias e que não ocuparam cargos relevantes durante o governo do PT. Nem mesmo o ministro da Economia, Paulo Guedes, que anteriormente fazia as indicações, conhecia o nome.

Os conselheiros do Banco do Brasil já se mostravam insatisfeitos pois foram ignorados no processo de escolha de um novo presidente. Apesar de não possuírem poder decisório, a praxe, até então, era que os membros fossem escutados e opinassem na decisão. Ribeiro, entretanto, teria sido o único nome apresentado, de maneira totalmente unilateral.

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Vitor Azevedo

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