O Banco do Brasil (BBAS3) está avaliando se desfazer da sua participação na Cielo (CIEL3), de acordo com coluna do jornal O Globo, sem dar mais detalhes.
A discussão sobre uma possível saída do banco estatal da Cielo ganhou destaque no começo deste ano, quando foi noticiado que o BB colocou toda a área de cartões em revisão, com a possibilidade de vendas de ativos.
O tema voltou a ganhar destaque em agosto deste ano, quando se comentou a possível venda da fatia do BB na Cielo para o Bradesco (BBDC4).
No entanto, a saída do BB da Cielo é vista como uma operação complexa. Um dos caminhos seria o fechamento de capital da empresa; outra possibilidade seria o Bradesco comprar a participação do BB.
O problema da saída de um dos bancos é que eles são um canal importante para a venda de produtos da Cielo. Com a saída do BB, a atratividade do negócio poderia ser comprometida.
Além disso, BB e Cielo são sócios na joint venture Cateno, que processa transações com cartões de débito do BB.
Banco do Brasil detém 28,65% da Cielo
Atualmente, o Bradesco detém uma participação de 30,06% na Cielo. O BB possui uma fatia de 28,65%. Os dois bancos detêm o controle da empresa, com 58,71% das ações.
Outros 40,94% estão em circulação e 0,35% em tesouraria, segundo o site de relações com investidores da Cielo.
Empresa teve queda no lucro
A Cielo tem enfrentado desafios, reportando queda de 71,5% no lucro líquido no terceiro trimestre de 2020 ante o mesmo período de 2019.
A companhia salientou que houve uma queda nominal de 12% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2019 em seu índice que acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).
Além disso, a Cielo comunicou que, em vista de possíveis cenários de extensão do isolamento social e consequente alongamento de restrições, passou a privilegiar o aumento da liquidez.
O volume financeiro das transações da Cielo alcançou R$ 37,6 bilhões no terceiro trimestre, um salto de 29,4% na comparação trimestral quando as restrições para combate à pandemia manteve o comércio e serviços parcialmente fechados. No ano, o volume recuou 3,6%.