Banco do Brasil (BBAS3) encaminha indicação de Fausto Ribeiro à presidência para análise
O Banco do Brasil (BBAS3) confirmou no início da manhã desta segunda-feira (29) em fato relevante a indicação de Fausto de Andrade Ribeiro à presidência da instituição.
Segundo o comunicado, o Ministério da Economia encaminhou o nome para análise e espera a manifestação do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade do Banco do Brasil (Corem).
No início da semana passada, a informação era que três conselheiros do Banco do Brasil consideravam o nome de Fausto Ribeiro como inadequado ao cargo.
Fausto Ribeiro, que é, atualmente, presidente do braço de consórcios do Banco do Brasil, foi entrevistado por dois membros independentes do conselho, Hélio Magalhães, presidente, e José Guimarães Monforte, estes indicados pelo Ministério da Economia, e por Luiz Serafim Spinola Santos, coordenador do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade, indicado pelos acionistas minoritários.
A conclusão, segundo comentários, foi de que falta a Fausto experiência para ficar à frente da instituição: apesar de estar nela desde 1988, ele assumiu apenas em setembro de 2019 a presidência da BB Consórcios tendo, antes disso, estado somente à frente somente de diretorias em unidades fora do país.
O Corem se reúne agora para avaliar a indicação, mas a decisão cabe apenas ao presidente da República.
Nomeação do presidente do Banco do Brasil pode gerar desconforto
A nomeação dos presidentes dos bancos estatais, como é o Banco do Brasil, cabe apenas ao presidente da República. O parecer dos três conselheiros não tem poder de barrar a escolha de Fausto ao cargo, mas se Bolsonaro optar por seguir com ela pode criar um mal-estar e até mesmo, como se viu na Petrobras (PETR4), uma debandada dos membros.
Uma baixa no conselho de administração do Banco do Brasil já é esperada de qualquer forma após a renúncia de André Brandão ao cargo de presidente. Parte dos membros haviam se manifestado em defesa de Brandão e alertado que a substituição não seguia os melhores critérios de governança.
Os comentários são que a escolha de Fausto Ribeiro se deu, praticamente, por “eliminação”, com o presidente Bolsonaro atrás de executivos que compactuam com suas ideias e que não ocuparam cargos relevantes durante o governo do PT. Nem mesmo o ministro da Economia, Paulo Guedes, que anteriormente fazia as indicações, conhecia o nome do novo presidente do Banco do Brasil.