Banco do Brasil (BBAS3) inicia renegociação de dívidas do Pronampe honradas pelo FGO
O Banco do Brasil (BBAS3) iniciou nesta terça-feira, 4, as renegociações para clientes que emprestaram recursos através do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), deixaram de pagar e tiveram as dívidas honradas pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO), que dá garantia aos empréstimos da linha.
As operações incluem a possibilidade de desconto de até 90% nas dívidas, além do parcelamento do saldo devedor e a cobrança de taxas diferenciadas.
As renegociações são parte do Acredita, o programa de crédito para pequenas e médias empresas lançado pelo governo federal no último mês. Na semana passada, uma regulamentação específica do FGO permitiu a concessão de descontos nas renegociações.
O FGO faz a honra dos empréstimos do Pronampe decorrido um prazo após a entrada em inadimplência. Desta forma, os bancos já foram ressarcidos pelas operações que serão renegociadas. O objetivo do governo é dar fôlego financeiro às empresas, com a retomada da capacidade de que concedam crédito. As demais frentes do Acredita têm o mesmo objetivo.
“A intenção é estimular a geração de renda e emprego, além de promover o crescimento econômico e o papel do BB nisso vai muito além de ser operador financeiro do Programa e das renegociações. Nosso propósito de ser próximo e relevante na vida das pessoas se materializa com apoio aos clientes e flexibilização negocial”, diz em nota a presidente do BB, Tarciana Medeiros.
Com Estadão Conteúdo
Banco do Brasil (BBAS3) e ‘bancões’ lucram R$ 26 bilhões no primeiro trimestre do ano
Considerando um agregado dos bancos incumbentes brasileiros – Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) e Itaú (ITUB4) -, o lucro total foi de R$ 26,3 bilhões nos primeiros três meses de 2024.
Os dois maiores lucros ficaram com Banco do Brasil e Itaú, que tiveram R$ 9,3 bilhões e R$ 9,8 bilhões nas últimas linhas dos seus balanços, respectivamente.
No caso do Itaú, a companhia registrou um crescimento de 15,8% no lucro e a maior rentabilidade dentre os ‘bancões’, com um Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês) de 21,9% no trimestre.
O banco apresentou um crescimento das receitas, tanto daquelas provenientes da carteira de crédito quanto das arrecadadas com a prestação de serviços.
Ao mesmo tempo, o custo do crédito do Itaú caiu, diante do recuo da inadimplência, o que indica melhora na qualidade dos ativos. No último ciclo de crédito, iniciado em 2022, o Itaú apresentou números melhores que aos pares ao controlar o crescimento dos atrasos com uma concessão de crédito mais conservadora.
“O Banco do Brasil cresce mais rápido que a indústria, de forma lucrativa e sustentável. A orientação para 2024 está no caminho certo (de cumprir as projeções) e o primeiro trimestre alivia as preocupações do mercado em torno dos NIMs (margem financeira) e do agro”, disse o Bank of America, sobre o Banco do Brasil.