O presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Rubem Novaes, voltou a defender, nesta segunda-feira (8), a privatização da instituição estatal. A declaração foi realizada em uma audiência pública da comissão mista do Congresso.
Durante a audiência que acompanha a atuação do governo no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), Novaes disse que “as pessoas imaginam que o Banco do Brasil seria comprado por um grande banco estrangeiro, ou por um Itaú”. Na realidade, disse, “não é nada disso que se imagina.”
O presidente da instituição salientou que, atualmente, 50% das ações do banco já são negociadas de forma privada. “É só vender mais um pouco. Fazer do BB uma corporation“, disse.
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Novaes argumentou que a desestatização do banco daria uma agilidade que hoje não se tem na instituição, sobretudo para que seja possível “competir no mercado quando entrar em vigor o open banking“.
O presidente disse que o mercado sofrerá modificações produndas que exigirão o uso intensivo de tecnologias. Enquanto isso, segundo ele, o BB é lento em tomar decisões pois muitas precisam ser submetidas a órgãos de controle ou outras instâncias de governo.
Se referindo à adaptação do BB no futuro, o presidente da instituição disse que “é pensando no benefício do banco que eu falo em privatização”.
“É pensando no benefício do banco que eu falo em privatização”, afirmou o presidente do Banco do Brasil, Rubens Novaes. Para ele, a instituição deve ter dificuldades de se adaptar aos desafios tecnológicos e de gestão diante das mudanças que o Banco Central analisa para o setor. pic.twitter.com/PGeN3diInQ
— TV Senado (@tvsenado) June 8, 2020
Novaes também reforçou que o modelo de entrada de colaboradores no banco não favorece esse movimento que será demandado com o aumento da competição. Funcionários ingressam no Banco do Brasil por meio de um concurso de escrituário, mas logo o banco necessitará pessoas treinadas em tecnologia.