O conselho de administração do Banco do Brasil (BBAS3) vai encaminhar para deliberação da assembleia geral de acionistas a proposta de desdobramento (split) de 100% das ações do banco, segundo fato relevante divulgado nesta sexta-feira (8).
Segundo o Banco do Brasil, caso seja aprovada, a operação atribuirá uma nova ação para cada ação emitida.
O desdobramento de ações do Banco do Brasil ampliará a quantidade de ações emitidas sem alterar o patrimônio do BB e a participação percentual dos acionistas, e será efetivado após aprovação pela assembleia, observado os trâmites normativos vigentes, disse a instituição.
Banco do Brasil (BBAS3): BTG ‘aumenta aposta’ em dividendos
Em atualização da sua carteira de dividendos para dezembro, especialistas do BTG Pactual aumentaram o peso das ações do Banco do Brasil para 10%.
A estimativa da casa é de que os dividendos do Banco do Brasil tenham um yield de 9,9% no próximos dois anos.
“Acreditamos que o recente desempenho abaixo dos pares privados das ações BBAS3 abrem uma janela para os investidores adicionarem mais ações do banco estatal às suas carteiras. Em dezembro/janeiro, os investidores estavam preocupados com potenciais más práticas de crédito, influência política no banco e um corte de dividendos, para citar algumas”, diz a casa.
“Contudo, a nova ‘narrativa’ é que o BB já está no pico de lucros e sua exposição à Patagônia (banco argentino), à Previ e ao segmento agro (impactado pela contínua onda de calor/mudanças climáticas) são grandes riscos”, segue.
Os analistas destacam que as ações já subiram cerca de 68% no acumulado de 2023, e que agora a tese já não é “tão óbvia quanto antes”, mas ainda consideram que o papel negocia a um múltiplo considerado “muito atraente” de 4x preço sobre lucro estimado para 2024.
Por fim, apesar da projeção de que os dividendos representem um yield de 10% nos próximos dois anos, os especialistas ainda destacam que esse patamar pode aumentar, dado que o banco avalia um aumento do seu payout de 40% para 50%.
Veja a carteira de dividendos do BTG
- Itaú: 5%
- Vibra: 10%
- Copel: 10%
- Vale: 15%
- Eletrobras: 10%
- BB Seguridade: 5%
- Cielo: 5%
- Petrobras: 10%
- Auren: 5%
- JBS: 5%
- CPFL: 5%
- Banco do Brasi: 10%
- SLC Agrícola: 5%
Banco do Brasil (BBAS3) vai pagar quase R$ 1 bilhão em JCP; veja o valor por ação
O Banco do Brasil aprovou no último dia 13 de novembro de 2023 o pagamento de R$ 976,866 milhões em juros sobre capital próprio (JCP).
Os JCP do Banco do Brasil serão distribuídos a título de remuneração antecipada aos investidores e se referem ao quarto trimestre de 2023.
Os proventos do BB representam o valor de R$ 0,34230647023 por ação e serão distribuídos no dia 28 de dezembro de 2023. Os juros sobre capital próprio só serão recebidos pelos investidores que tiveram ações da empresa até o final da sessão de 11 de dezembro de 2023.
Por essa razão, as ações que forem compradas a partir do dia 12 de dezembro não terão direito ao recebimento de proventos.
O pagamento de juros sobre capital próprio de qualquer empresa está sujeito a retenção de imposto de renda na fonte sobre o valor nominal, conforme a legislação aplicável.
Os investidores que são dispensados dessa tributação devem comprovar que são imunes ou isentos até o dia 13 de dezembro de 2023, indo até uma das agências da instituição financeira.
JCP do Banco do Brasil
- Valor: R$ 976.866.000,00
- Valor por ação: R$ 0,34230647023
- Data de corte: 11 de dezembro de 2023
- Data de pagamento: 28 de dezembro de 2023
Como receber os JCP do Banco do Brasil?
No caso dos investidores aptos a receber, ou seja, aqueles posicionados nas ações BBAS3 até a data de corte, os juros sobre capital próprio podem ser recebidos na conta corrente, poupança-ouro ou por caixa.
Em um contexto em que os acionistas estejam com seus cadastros desatualizados, a distribuição será retida até a efetiva regularização de seus registros em uma das agências do Banco do Brasil.
O processo de regularização dos cadastros pode ser feito por meio da apresentação de documento de identidade, CPF e comprovante de residência, caso seja pessoa física. Se for pessoa jurídica, deve haver a apresentação do estatuto, contrato social e prova de representação.
Sobre os investidores com ações do Banco do Brasil custodiadas na Central Depositária da B3, os proventos serão primeiramente pagos para a própria B3 e, só depois disso, repassados aos acionistas titulares, através de seus agentes de custódia.
Desempenho das ações do Banco do Brasil
Cotação BBAS3