Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) aprovam desdobramento de ações
Os acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) aprovaram, durante assembleia geral extraordinária, realizada nesta sexta-feira, 2, a proposta para desdobramento das ações na proporção de uma para duas, sem a diluição da fatia de cada acionista, segundo comunicado enviado ao mercado.
Além dos papéis ordinários, o desdobramento das ações do BB também contempla o American Depositary Receipt (ADR), negociado no mercado americano.
Banco do Brasil: após anúncio de desdobramento de ações, XP recomendou compra
Após o conselho de administração do Banco do Brasil anunciar no começo de dezembro uma proposta para desdobramento das ações, a XP Investimentos disse que o movimento é positivo, visto que não altera os fundamentos ou perspectivas de crescimento do banco. O preço-alvo das ações seria R$ 30,50.
Segundo a XP, diferentemente de uma emissão de novas ações, o split do Bando do Brasil não dilui a participação acionária dos acionistas existentes. Ou seja, quando uma empresa declara um desdobramento de ações, o preço de suas ações diminui, mas o valor total de mercado do acionista permanece o mesmo.
Com um valor mais baixo, dizem os analistas, os papéis do Banco do Brasil poderão ser compradas por um maior número de investidores.
A XP destaca que, caso prossiga o desdobramento, o “preço-alvo atualmente em R$ 61 por ação também será ajustado para R$ 30,5 por ação”. A corretora segue com recomendação de compra para os papéis do Banco do Brasil.
BTG aumenta aposta em dividendos do BB
Em atualização da sua carteira de dividendos para dezembro, especialistas do BTG Pactual aumentaram o peso das ações do Banco do Brasil para 10%.
A estimativa da casa é de que os dividendos do Banco do Brasil tenham um yield de 9,9% nos próximos dois anos.
“Acreditamos que o recente desempenho abaixo dos pares privados das ações BBAS3 abre uma janela para os investidores adicionarem mais ações do banco estatal às suas carteiras. Em dezembro/janeiro, os investidores estavam preocupados com potenciais más práticas de crédito, influência política no banco e um corte de dividendos, para citar algumas”, diz a casa.
“Contudo, a nova ‘narrativa’ é que o BB já está no pico de lucros e sua exposição à Patagônia (banco argentino), à Previ e ao segmento agro (impactado pela contínua onda de calor/mudanças climáticas) são grandes riscos”, segue.
Por fim, apesar da projeção de que os dividendos do Banco do Brasil representem um yield de 10% nos próximos dois anos, os especialistas ainda destacam que esse patamar pode aumentar, dado que o banco avalia um aumento do seu payout de 40% para 50%.