O presidente do Banco do Brasil (BBAS3. BBAS11; BBAS12), Rubem Novaes, declarou nessa quinta-feira (7) que a demanda das empresas por crédito para folha de pagamento está abaixo do que era esperado, e declarou “acho que os empresários não querem se comprometer a não demitir”.
Em contrapartida, o vice-presidente do Banco do Brasil (BB), Carlos Motta, declarou que “prevemos um crescimento grande desses recursos. As empresas têm até o quinto dia útil para pagar folha, muitas devem contratar até amanhã”.
Essa linha de crédito de R$ 20 bilhões foi criada pelo governo para ajudar as empresas a passarem pela crise do coronavírus (Covid-19). Motta indicou que o banco fez contato com 30 mil empresas, que poderiam adquirir o crédito e cerca de 6,79 mil operações foram realizadas até a última quarta-feira (6), somando R$ 172 milhões.
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Além disso, o vice-presidente de negócios de atacado do BB, Walter Malieni, salientou que realiza reuniões diariamente para discutir o projeto entre o BNDES e bancos privados para ajudar setores mais afetados pela atual pandemia. Malieni afirmou que buscam equilibrar as visões de cada banco, e que alguns já acreditam que isso ocorrerá nos próximos dias.
Já o vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores do banco, Carlos Hamilton, informou que as operações da instituição com micro, pequenas e médias empresas apresentaram um aumento de 12% no primeiro trimestre do ano, enquanto as operações com pessoas físicas subiram 9%.
Segundo Hamilton, as grandes empresas demandaram mais liquidez na última quinzena de março, e ainda destacou que o agronegócio foi o menos alcançado pela crise.
Lucro Líquido do Banco do Brasil
O BB divulgou, na manhã desta quinta-feira, um lucro líquido ajustado de R$ 3,395 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 20,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. Nos primeiros três meses de 2019, o banco registrou um lucro de R$ 4,625 bilhões.
O lucro líquido contábil do Banco do Brasil também apresentou uma queda, de 20%, somando R$ 3,205 bilhões. Ante o quarto trimestre de 2019, quando os ganhos contábeis foram de R$ 5,694 bilhões, a queda registrada é de 43,7%.