Banco do Brasil (BBAS3) defende política de distribuição de dividendos
O Banco do Brasil (BBAS3) defendeu, nesta quinta-feira (10), a política de dividendos aos acionistas e da meritocracia para a sucessão.
“Consideramos que o atual nível de remuneração a acionistas (40% do lucro) é adequada”, disse o vice-presidente de finanças e de relações com investidores do banco, José Ricardo Forni, de acordo com informações da Agência Reuters, em teleconferência com jornalistas.
Na última quarta-feira (8), a instituição financeira mostrou resultados que ficaram acima da expectativa do mercado. O lucro líquido do Banco do Brasil foi de R$ 8,36 bilhões, conforme reportou o banco.
No entanto, era esperado pelo consenso Refinitiv um lucro de R$ 7,36 bilhões, ante dado de R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre deste ano.
Este desempenho superou os bancos tradicionais privados, como Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4), que apresentaram queda no lucro. O Bradesco teve perdas de 22% no lucro e amargou o pior resultado na bolsa em mais de duas décadas nesta quarta (9), com ações derretendo 15%.
Diante disso, o executivo destacou que a definição em relação ao percentual do lucro em dividendos que serão distribuídos no próximo ano tem previsão de ser anunciada nos meses de dezembro e janeiro de 2023.
A decisão veio após o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então candidato, ter feito críticas à política de remuneração dos acionistas estabelecida pelo banco. Lula havia dito que as instituições financeiras controladas pelo governo não deveriam possuir os mesmos lucros que os bancos privados.
“Esse resultado só foi obtido por causa da governança do banco”, afirmou Forni.
O presidente-executivo do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, por sua vez, afirmou que utilizar a meritocracia para definir um processo de sucessão no comando da instituição é plausível.
“A meritocracia é algo fundamental dentro do Banco do Brasil para processo de sucessão no banco”, endossou Ribeiro.
O presidente-executivo do Banco do Brasil, que foi indicado pelo governo de Jair Bolsonaro, disse que vai lidar pessoalmente com a equipe de transição do novo governo, a partir de janeiro.