O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou que seu Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade (Corem) aprovou as indicações de novos membros do Conselho de Administração, incluindo Fausto de Andrade Ribeiro, indicado pela União para a presidência do banco estatal.
Ribeiro foi aprovado na reunião do dia 22 de abril, juntamente com Walter Eustáquio Ribeiro, também indicado pela União para o colegiado do Banco do Brasil.
Foram aprovados também Ênio Mathias Ferreira como vice-presidente Corporativo, e José Ricardo Fagonde Forni, como vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores.
O Corem fez uma observação sobre Fausto Ribeiro, atestando que ele não atente os requisitos para ser conselheiro independente, já que ocupa o cargo de presidente.
Na reunião do Corem do dia 23, foram aprovada as indicações de Aramis Sá de Andrade, pelo conselho, e de Roberto Juenemann, pelos minoritários, para o conselho de administração.
A indicação de Sá de Andrade havia sido retirada da pauta da reunião do dia 16, para que a Diretoria Jurídica do BB pudesse emitir parecer sobre potencial conflito de interesses, por conta de sua participação na empresa Runpalbr. Naquela reunião, Iêda Aparecida de Moura Cagni para o colegiado.
Para conselho, Fausto Ribeiro seria nome inadequado à presidência
Vale lembrar que em meados de março três conselheiros do banco teriam julgado inadequada a indicação de Fausto Ribeiro, feita pelo presidente da República Jair Bolsonaro, ao cargo de diretor-executivo (CEO) da instituição.
Fausto Ribeiro, que era presidente do braço de consórcios do Banco do Brasil, foi entrevistado por dois membros independentes, Hélio Magalhães, presidente do conselho, e José Guimarães Monforte, estes indicados pelo Ministério da Economia, e por Luiz Serafim Spinola Santos, coordenador do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade, indicado pelos acionistas minoritários.
A conclusão do conselho é que faltava a Fausto experiência para ficar à frente do Banco do Brasil. Apesar de estar nela desde 1988, ele assumiu apenas em setembro de 2019 a presidência da BB Consórcios tendo, antes disso, estado à frente somente de diretorias em unidades fora do país.
Com informações do Estadão Conteúdo