Banco do Brasil (BBAS3): BTG tem visão construtiva para 2025

Em novo relatório sobre o Banco do Brasil (BBAS3), os analistas do BTG Pactual atualizaram suas expectativas para o banco e demonstraram uma visão construtiva para 2025.

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De acordo com a casa, o BBAS3 está ajustando suas estratégias para enfrentar um cenário desafiador no curto prazo, mas as projeções para 2025 mostram potencial de recuperação e expansão.

Confira os principais pontos destacados pelo BTG sobre o desempenho recente e as expectativas para o Banco do Brasil em 2025:

Desafios no crédito agro

O BB enfrenta dificuldades no segmento de crédito agrícola, que viu um aumento no índice de inadimplência (NPL) para 3,3% no terceiro trimestre de 2024. As pressões devem persistir no curto prazo, diz o BTG, com estabilização esperada apenas a partir de meados de 2025. Apesar disso, o banco projeta crescimento de cerca de 10% na carteira de crédito no próximo ano, impulsionado principalmente pelo segmento rural.

O setor agropecuário, embora impactado pela queda nos preços de algumas commodities, como a soja, deverá se beneficiar do desempenho positivo de outras culturas, como cana-de-açúcar, café e pecuária, além de colheitas promissoras previstas para 2025, dizem os analistas.

Vantagem em ambientes de juros altos

Com a taxa Selic em patamares elevados, o Banco do Brasil tem se mostrado resiliente, afirma o BTG. A estratégia de gestão de ativos e passivos (ALM) permite ao banco aproveitar a captação de depósitos e direcioná-los para títulos públicos atrelados à Selic. Além disso, cerca de metade dos recursos captados comercialmente vêm de instrumentos como a poupança, que possuem custos limitados quando a Selic supera 8,5%.

A receita líquida de juros (NII) do banco deve crescer cerca de 10% em 2025, projeta a casa, acompanhando o crescimento da carteira de crédito. A inclusão de recursos subsidiados pelo novo Plano Safra também deve contribuir positivamente para o desempenho do NII.

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Provisões

A adoção da norma contábil CVM #4.966 deverá aumentar o nível de provisões do Banco do Brasil em 2025, projeta o BTG, mas de forma alinhada ao crescimento da carteira de crédito.

Os custos operacionais, por sua vez, deverão crescer abaixo da inflação em 2025, contrastando com a faixa de 5% a 7% projetada para 2024, diz o relatório.

E as ações?

O BTG Pactual reiterou recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 34 por ação BBAS3.

Contudo, cenário ainda misto, especialmente no curto prazo, faz com que a casa prefira outras alternativas no setor, como o Itaú Unibanco (ITUB4) e o BB Seguridade (BBSE3), braço de seguros do BB.

No entanto, a casa destaca que o valuation do Banco do Brasil é atrativo, uma vez que as ações BBAS3 negociam a 0,8x o valor patrimonial e 3,9x o P/L estimado para 2025.

Para os próximos meses, o BTG sugere atenção às mudanças no cenário macroeconômico e ao desempenho do segmento agropecuário, que poderão definir o momento ideal para um posicionamento ainda mais otimista nas ações do Banco do Brasil.

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Guilherme Serrano

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