Em novo relatório, após um encontro com executivos do Banco do Brasil (BBAS3), os analistas do BTG Pactual relataram estar ‘impressionados’ com a CEO da companhia, Tarciana Medeiros.
No parecer, o BTG manteve a recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 36, ao passo que os papéis BBAS3 são negociados a cerca de R$ 28 no Ibovespa.
“Já escrevemos anteriormente que Medeiros tem sido muito assertiva e comunicou-se bem com todas as partes interessadas, desde o governo (na agenda social) aos acionistas minoritários (preocupados com a rentabilidade do negócio), mas acreditamos que todos os investidores (inclusive nós) saíram da sede do BB muito impressionados com o CEO”, afirma o BTG.
“Ela não só demonstra grande conhecimento sobre vários detalhes operacionais do banco, mas também enviou uma mensagem forte sobre governança corporativa e o foco do banco em lucratividade. No final das contas, ela fez alguns comentários que acreditamos serem positivos para ações do BB Seguridade”, segue.
Os analistas chamam atenção que a vasta experiência no banco (mais de 24 anos) tem sido crucial para Tarciana Medeiros cumprir para com sua tarefa de gerir uma companhia estatal que tem capital abertao, incluindo funções no relacionamento com clientes e BB Seguridade, juntamente com a experiência e conhecimento de sua equipe.
CFO nega ‘cordão umbilical’ entre governo e Banco do Brasil
O CFO Marco Geovanne, durante o encontro, mencionou que há um equívoco em mercado que existe uma relação de “cordão umbilical” entre a empresa e o acionista controlador, defendendo que “não é assim que a coisa funciona”.
“Todas as decisões de negócios são técnicas, inclusive aqueles relativos a programas e iniciativas governamentais, onde a economia e a remuneração adequada são sempre consideradas, bem como condições como garantias e cauções”, observa o BTG.
“Além disso, ele também mencionou que os entes públicos também são clientes importantes que o BB atende com grande competitividade vantagem”, completa.
Os executivos na ocasião também ressaltaram também que o escrutínio no BB é mais significativo do que em pares privados, dada a ampla supervisão por parte dos órgãos reguladores públicos.
“Em última análise, é do interesse de todos que o Banco do Brasil continue forte, tenha um balanço saudável e entregar resultados cada vez mais robustos”.