Em nota divulgada ao mercado, o Banco do Brasil (BBAS3) negou qualquer definição sobre o futuro da Elo. Em resposta à notícia publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, sob o título “Elo comprará própria marca por R$ 400 milhões para IPO”, a companhia afirmou que “não há aprovação formal no âmbito da governança das companhias sobre o tema”.
O Banco do Brasil diz que avalia constantemente suas participações no segmento de meios de pagamento, “visando identificar oportunidades e alternativas que contribuam com sua estratégia corporativa e que agreguem valor aos seus acionistas”. Contudo, não existem estudos conclusivos sobre uma abertura de capital da Elo.
Segundo o Estadão, a Elo compraria a própria marca, hoje pertencente à Elopar, holding que controla a empresa, por cerca de R$ 400 milhões, o que impulsionaria sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A operação aconteceria na Nasdaq.
O Bradesco (BBDC4), por sua vez, diz que continua em conversas com os demais acionistas a respeito da eventual operação envolvendo a Elo, mas que ainda não há qualquer decisão concreta.
“O assunto como um todo, incluindo eventual transferência de titularidade da marca ‘Bandeira Elo’ para a Elo Serviços, depende de discussões e estudos que ainda estão sendo desenvolvidos. De qualquer modo, eventual recebimento de recursos pela venda da marca ‘Elo’ caberia à Elopar, na qualidade de detentora da referida marca.”
Fatia do Banco do Brasil na Elo diminuiria
Segundo a matéria do Estadão, a operação também traria uma nova estrutura societária às partes, com base no volume de cartões emitidos pelos bancos nos últimos quatro anos.
Atualmente, a Elo é controlada pela Elopar, que tem o Bradesco e Banco do Brasil como sócios, com 50,01% e 49,99% de participação, respectivamente. A holding, por sua vez, controla 56,96% da Elo, enquanto o Bradesco tem os outros 6,14%, e a Caixa possui uma fatia de 36,88%.
Na nova estrutura, a Caixa elevaria sua participação de 37% para 41,5%, o Bradesco ficaria com 30,5% e BB levaria 28%. “Os dois últimos ficarão com fatias menores do que as que possuem hoje, levando em conta a fatia detida por meio da holding Elopar”, diz o jornal.
Em resposta, o Banco do Brasil disse que “eventuais alterações resultantes do mecanismo de variabilidade não devem constituir materialidade para o BB”. O Bradesco, por outro lado, esclarece que o acordo de acionistas prevê a possibilidade de ajustes períodicos das participações, com base nos resultados da Elo.