Banco do Brasil (BBAS3): Bolsonaro já pensa em nomes para presidência, diz jornal
O presidente Jair Bolsonaro já tem pensado em nomes para substituir o atual presidente do Banco do Brasil (BBAS3), André Brandão. Segundo informações do jornal O Globo, integrantes do governo já estão se movimentando para encontrar um substituto.
Segundo o jornal, um dos cotados para assumir o Banco do Brasil é Mauro Ribeiro Neto, atual vice-presidente corporativo da instituição. Embora ele seja bem avaliado no Palácio do Planalto, um empecilho seria a pouca idade para o cargo. Bolsonaro demonstrou sua preferência por alguém com mais bagagem.
Na última quarta-feira (13), o jornal Valor Econômico noticiou que Bolsonaro decidiu demitir o presidente do BB, em função da medida anunciada pelo banco na última segunda-feira (11), de fechamento de agências físicas e desligamento voluntário. Brandão visa tornar o BB mais eficiente, mas mandatário considera a medida pouco popular para o governo, segundo O Globo.
Além disso, segundo informações da Band News, a relação entre o governo e o Banco Central (BC) está desgastada. A entrada de Brandão para a presidência do BB foi recomendada pelo atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. Segundo o repórter Marcelo D’Angelo, há um desgaste entre Campos Neto e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Guedes, contudo, procura se articular para manter Brandão no cargo. Dentro da equipe econômica, ainda existe a expectativa da manutenção do executivo. A pasta econômica tem lembrado que Brandão atua conforme as crenças dos integrantes do ministério, que foca no enxugamento dos gastos públicos.
O Banco do Brasil informou ao mercado, na manhã desta quinta-feira, que não recebeu nenhuma informação sobre a demissão de Brandão. A instituição disse que “não recebeu no âmbito de seus órgãos de governança nenhuma comunicação formal por parte do acionista controlador sobre qualquer decisão a respeito do assunto”.
Antes de chegar ao BB, Brandão era diretor de Global Banking e Markets para as Américas do HSBC, baseado em Nova York.
Mourão questiona comunicação do Banco do Brasil
O vice-presidente Hamilton Mourão disse que possivelmente houve uma falha de comunicação no plano do Banco do Brasil em fechar agências e desligar funcionários.
“Eu acho que houve uma comunicação talvez deficiente do banco nisso aí, né? Porque normalmente as pessoas que queriam sair eram pessoas que já tinham completado o seu tempo para aposentar”, afirmou o vice-presidente no Palácio do Planalto. “Talvez pouquíssimas pessoas tivessem um rebaixamento de cargo e não pudessem se aposentar.”
O Banco do Brasil pretende desativar 361 unidades físicas, o que, junto a outras medidas, poderia trazer uma economia líquida anual estimada em R$ 353 milhões neste ano, e de R$ 2,7 bilhões até 2025.