O Banco do Brasil (BBAS3) distribuirá R$ 499,32 milhões a seus acionistas na forma de juro sobre capital próprio (JCP).
Com o JCP do Banco do Brasil, cada acionista receberá um total de R$ 0,17499127580 por ação da companhia.
Só receberá o JCP quem detiver ações ordinárias da companhia até o fim do pregão do dia 13 de dezembro. O pagamento, por sua vez, será feito no dia 30 de dezembro.
O crédito faz parte do dividendo mínimo obrigatório da instituição referente ao segundo semestre de 2021 e, vale frisar que o JCP está sujeito à incidência de 15% de imposto de renda sobre o valor bruto.
Os acionistas isentos da tributação têm até 15 de dezembro para comprovar a situação em uma agência do Banco do Brasil.
Antes de dividendos, Banco do Brasil teve lucro recorde no 3T21
No seu resultado financeiro, o grande banco teve lucro líquido ajustado de R$ 5,1 bilhões no terceiro trimestre de 2021, aumento de 47,6% frente ao mesmo período de 2020.
O resultado da estatal decorreu das menores despesas com provisões de crédito e das maiores receitas, com crescimento da margem financeira bruta e das rendas com prestação de serviços, explicou a companhia.
O lucro contábil totalizou R$ 4,6 bilhões, com alta anualizada de 49,4%.
Com a última linha do balanço, o resultado ficou cerca de 9% acima das estimativas de cinco casas (BTG Pactual, Bank of American, Bradesco BBI, Citi e Safra) consultadas pelo Prévias Broadcast.
Já no acumulado dos nove meses de 2021, o lucro líquido ajustado do Banco do Brasil somou R$ 15,1 bilhões, expansão de 48% ante o mesmo período do ano passado.
O Retorno sobre Patrimônio Líquido Anualizado, ou ROE, encerrou o período em 14,3%. O Índice de Basileia atingiu 19,34%, sendo 13,17% de capital principal.
Especialistas veem potencial em BBAS3
Após anunciar lucro recorde, o banco surpreendeu positivamente os analistas do mercado financeiro.
Com isso, especialistas da XP Investimentos recomendam a compra de ações do BB pelo preço-alvo de R$ 52. O Bank of America também manteve recomendação, a R$ 44, enquanto a Genial Investimentos cravou preço-alvo menor, de R$ 34,30.
“Acompanhando o forte crescimento da carteira, o Banco do Brasil aumentou o provisionamento, o que levou a um índice de cobertura de 323%, muito superior aos seus pares privados — 250% do Santander (SANB11), 297% do Bradesco (BBDC4) e 234% do Itaú (ITUB4). Além disso, no trimestre a inadimplência do BB caiu para 1,8%, corroborando nossa visão de que o Banco do Brasil possui uma carteira mais defendida e mais bem preparada para cenários mais difíceis”, disse a XP.