Banco do Brasil (BBAS3): BBA prega cautela apesar de dividendos

Em novo relatório sobre o setor financeiro, o Itaú BBA afirmou estar cauteloso com o Banco do Brasil (BBAS3), apesar de considerar o dividend yield da empresa atraente.

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Entre os pontos positivos do BBAS3, os analistas afirmam que o banco provavelmente apresentará o crescimento mais resiliente das carteiras de empréstimos, com alta de 10% na comparação anual. O NII (margem financeira líquida) total, diz o BBA, deve aumentar 14% na mesma base de comparação, beneficiado pela porção de mercado e pelos spreads de depósitos.

Por outro lado, diz o relatório, entre os aspectos negativos, o custo de crédito do Banco do Brasil deve permanecer elevado, pressionando os lucros.

“O aumento da carteira renegociada em todos os segmentos criou um impacto negativo na relação entre NPLs (inadimplência) e provisões. A adoção das provisões de perda esperada provavelmente também pressionará os custos de crédito”, afirma o BBA.

Segundo os analistas da casa, as margens intermediação financeira (NIMs) dos clientes estão caindo, à medida que menores rendimentos sobre os ativos encontram custos de captação apenas estáveis, além dos impactos adversos da maior carteira renegociada.

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O BBA também cita que as despesas administrativas (SG&A) devem crescer acima da inflação, impulsionadas por investimentos em tecnologia, enquanto as taxas devem ter alta de dígitos médios.

No geral, a casa projeta um crescimento de 4% no lucro anual, atingindo R$ 39,2 bilhões em 2025, mas afirma que as tendências negativas de lucro impedem uma reclassificação das ações do Banco do Brasil (BBAS3).

“O dividend yield de 11% torna o ativo atrativo como carrego, mas essa não é uma característica exclusiva do BB, já que outras grandes empresas, como BB Seguridade (BBSE3), B3 (B3SA3) e Bradesco (BBDC4) apresentam dividend yields de 8%-10%”, pondera a casa.

Por volta das 16h30 desta sexta-feira (06), o Banco do Brasil operava em queda de 3,38% no Ibovespa, com as ações BBAS3 sendo cotadas a R$ 24,63.

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Guilherme Serrano

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