O lucro e retorno do Banco do Brasil (BBAS3) atingiram seu pico, diz o Banco Safra. Para o Safra, o Banco do Brasil entregará crescimento limitado dos lucros em 2024 e 2025.
Com essa tese, o Safra mudou a recomendação do papel da estatal, de compra para neutra. O preço-alvo é de R$ 59, um upside de 18%. Nesta quinta (16), as ações do Banco do Brasil fecharam cotadas a R$ 50,28.
A equipe do Safra projeta um crescimento de lucro contido comparado aos concorrentes no setor privado. É estimado um lucro de R$ 37 bilhões para 2024 e de R$ 37.963 bilhões em 2025.
“O principal risco ascendente para os grandes bancos abrangidos pela nossa cobertura reside numa redução do custo do risco à medida que os empréstimos inadimplentes são anulados, o que poderá ser seguido por um aumento na originação de crédito não garantido”, informa o Safra em relatório.
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) sobe 4,5% no 3T23
O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 8,8 bilhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23). Na comparação com o mesmo período do ano passado (3T22), esse valor representa um aumento de 4,5%.
Conforme o balanço do Banco do Brasil, esse resultado foi impactado por um bom desempenho comercial e também pelo crescimento de suas carteiras de crédito e da tesouraria, o que influencia de forma positiva a margem financeira bruta da companhia, que teve um avanço anual de 3,5%.
Durante o trimestre, a Margem Financeira Bruta (MFB) somou R$ 23,7 bilhões, com avanço trimestral de 3,5%, e de 30,4% considerando a somatória de janeiro a setembro.
O relatório de resultados do Banco do Brasil também destaca o aumento de 5,0% de suas receitas financeiras, incluindo 2,4% em operações de crédito e 12,3% em tesouraria, e esse faturamento foi impactado pelo crescimento da carteira de crédito e dos títulos e valores mobiliários.
Já as despesas financeiras registraram crescimento de 6,5%, em meio a elevação de 8,5% de sua captação comercial.
Resultados do trimestre
Outros fatores que influenciaram no resultado do Banco do Brasil foram o crescimento de 1,7% nas receitas de prestação de serviços, aumento da despesa de PCLD ampliada em 4,7% e o maior controle de gastos administrativos.
As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 8,7 bilhões no terceiro trimestre de 2023, o que representa uma alta de 4,6% em relação ao 2T23.
Essas receitas foram impactadas de forma positiva pelas “linhas de seguros, previdência e capitalização (+10,6%); administração de fundos (+5,7%); e consórcios (+8,6%) com mais de 159 mil novas cotas comercializadas com volume de negócios de R$ 12,0 bilhões em um trimestre”, destacou o balanço trimestral do Banco do Brasil.
As receitas do BB com administração de fundos somaram R$ 2,151 bilhões, uma queda de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao segundo trimestre, porém, houve alta de 5,7%. Entre todas as linhas de receita, a de administração de fundos é a que tem o maior peso.
Já as receitas com conta corrente foram de R$ 1,673 bilhão, queda de 1,1% em termos anuais. Em um trimestre, porém, cresceram 2,7%.
O banco obteve R$ 1,418 bilhão em receitas com seguros, previdência e capitalização, um crescimento de 3% no comparativo anual, e de 10,6% em três meses.
Enquanto isso, as despesas administrativas do Banco do Brasil somaram R$ 9,2 bilhões no 3T23, com alta de 1,5% na comparação com o 2T23, refletindo a alta de 7,2% em “Outras Despesas Administrativas”, o que foi compensado pela baixa de 1,7% nas despesas de pessoal.
Desempenho anual do Banco do Brasil
Cotação BBAS3
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