O Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa de juros básica em 0,75% ao ano, nesta quinta-feira (19). A decisão foi unânime e contou com todos os nove votos a favor.
Além dos juros, o comitê que gerencia a política monetária sancionou a manutenção do estoque de compra de bônus corporativos não financeiros em 10 bilhões de libras e o de Gilts em 435 bilhões de libras. Gilts são títulos de dívidas emitidos pelo governo do Reino Unido.
“Desdobramentos relacionados ao Brexit estão deixando dados econômicos do Reino Unido mais voláteis, com o PIB (Produto Interno Bruto) caindo 0,2% no segundo trimestre de 2019 (em relação ao trimestre anterior), e agora esperamos que cresça 0,2% no terceiro trimestre”, informa a autoridade monetária.
O conselho que administra a política monetária do Banco da Inglaterra afirmou que a perspectiva para a economia britânica ainda é positiva, mesmo com a desaceleração recente.
“O governo anunciou um aumento significativo em gastos departamentais para o período de 2020 a 2021, que poderia elevar o PIB em torno de 0,4% ao longo do período de projeção do comitê, todo o mais sendo constante”, destaca o banco.
Veja também: Áustria veta acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia
O Banco da Inglaterra diz que um possível Brexit sem acordo poderia fazer com que a libra caísse e a inflação aumentasse. Além disso, a autoridade monetária prevê que o crescimento do PIB possa desacelerar com um Brexit sem acordo.
Corte de taxas de juros nos EUA
O Federal Reserve (Fed) decidiu cortar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual na última quarta-feira (18). O Banco Central dos Estados Unidos deixou a taxa dos Fed Funds no intervalo entre 1,75% e 2%.
Este é o segundo corte realizado pelo Fed em menos de dois meses. A decisão sobre o corte nos juros foi tomada pelos sete membros do comitê de política monetária do Banco Central dos EUA.
Notícias Relacionadas