Banco Central tem perda de R$ 7,640 bi com swaps cambiais em 2019

O Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira (8), que encerrou dezembro com ganho de R$ 6,928 bilhões em operações de swaps cambiais. No acumulado de 2019, a conta encerrou negativa em R$ 7,640 bilhões.

Vale lembrar que os swaps não visam a geração de ganhos para o Banco Central, mas possibilitar que a autoridade monetária ofereça proteção ao mercado em momentos de grande volatilidade no câmbio.

Neste tipo de contrato, o BC é perdedor quando o dólar sobe em relação ao real e ganha com a valorização da moeda nacional.

No ano retrasado, o valor foi negativo em R$ 15,125 bilhões.

Como resultado da variação do câmbio, o valor das reservas internacionais do Brasil diminuiu R$ 69,004 bilhões. No total do ano, a variação das reservas foi positiva em R$ 42,826 bilhões.

Bolsonaro transfere Coaf para Banco Central

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, na última terça-feira (7), a lei que transfere o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia ao Banco Central. O órgão terá, agora, uma nova estrutura.

Saiba mais: Bolsonaro sanciona lei que transfere Coaf para o Banco Central

O Diário Oficial da União publicará o texto sobre a mudança do Coaf nesta quarta-feira (8). Vale lembrar que ele já havia sido aprovado no Senado no dia 17 de dezembro.

Era previsto pela MP original uma alteração do nome do órgão para Unidade de Inteligência Financeira (UIF). Entretanto, após o parecer do relator Reinhold Stephanes Júnior (PSD-PR), o nome atual foi mantido.

Transferência do Coaf visa acabar com “jogo político”

Em agosto do ano passado, o presidente brasileiro afirmou que o Coaf poderia ser transferido para o Banco Central. “O que nós pretendemos é tirar o Coaf do jogo político”, disse Bolsonaro na época. “Vincular ao Banco Central, aí acaba (o jogo político)”, assegurou o presidente.

A declaração foi feita ao lado do ministro da Justiça, Sergio Moro. Na agenda oficial do líder do executivo, o encontro com o ministro não estava marcado.

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“Tudo o que tem política, mesmo sendo bem intencionado, sempre sofre pressões. A gente quer evitar isso aí”, acrescentou o mandatário. “O Coaf, porventura caso vá para o Banco Central, vai fazer o seu trabalho sem qualquer suspeição de favorecimento político”, destacou Bolsonaro.

Novo presidente do órgão

Ainda no mês de agosto de 2019, o Banco Central anunciou o novo presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ricardo Liáo, que entrou no lugar do ex-presidente Roberto Leonel. A mudança foi implementada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Rafael Lara

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