Banco Central reduz depósito compulsório dos bancos de 33% para 31%

O Banco Central (BC) cortou a alíquota do depósito compulsório das instituições financeiras sobre recursos a prazo. De 33%, o novo percentual passa para 31%. A novidade entra em vigor em 1º de julho.

Com a mudança no compulsório, o Banco Central espera que R$ 16,1 bilhões sejam injetados na economia. Ainda conforme o BC, os efeitos da injeção devem começar a partir de 15 de julho.

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De acordo com o economista da Suno Research, Tiago Reis, “o depósito compulsório é uma medida que obriga os bancos e instituições financeiras a depositarem parte dos recursos captados dos clientes, via depósitos à vista, a prazo ou poupança, em uma conta do Banco Central”.

Atualmente, o estoque destes recursos recolhidos compulsoriamente pelos bancos está em R$ 458,6 bilhões. Deste total, R$ 249,8 bilhões são referentes aos recursos a prazo.

A alíquota do depósito compulsório no Brasil é alta, em comparação com outros países. A redução e simplificação da contenção destes recursos faz parte da agenda de medidas estruturais do Banco Central, segundo a agência “Reuters”.

A alteração anterior à desta quarta-feira (26) ocorreu em novembro de 2018. Na época, o BC reduziu a alíquota sobre:

  • recursos a prazo: de 34% para 33%;
  • recursos à vista: de 25% para 21%.

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Presidente do Banco Central acredita em desaceleração econômica global

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que o mundo passa por uma desaceleração econômica global. A declaração ocorreu durante um evento na sede da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), na última terça-feira (25).

No evento, Campos apresentou a Agenda BC# para um grupo de executivos. Durante a apresentação, o presidente do Banco Central falou sobre os reflexos da guerra comercial entre EUA e China no cenário mundial.

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“O mundo mais recentemente começou a entender que vamos para uma trajetória de juros mais baixos. A pergunta que sempre fica é: o que está acontecendo globalmente?”, disse o executivo.

Segundo Roberto Campos, a previsão de crescimento para a economia mundial está diminuindo. Contudo, as mudanças nas políticas monetárias das principais economias faz com que o cenário externo seja menos adverso.

Amanda Gushiken

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