Banco Central tem política de câmbio flutuante, diz Campos Neto

Nesta terça-feira (27) Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central (BC), reafirmou em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que o BC tem uma política de câmbio flutuante. “O sistema que operamos é de meta de inflação, câmbio flutuante e âncora fiscal”.

Campos afirmou que a venda à vista de dólares e a venda de swaps cambiais reversos que foram realizadas em agosto não representam uma mudança na política cambial do Banco Central, mas uma maneira de suprir a maior demanda à vista por dólares.

“Sempre que entendemos que há um problema de liquidez, nós interviemos para suprir esse gap (lacuna)” , salientou Campos Neto.

“Recentemente com temas comerciais e geopolíticos, o dólar se valorizou em relação a todas as moedas. Não há nenhum comportamento atípico (do real).” disse o presidente do Banco Central em relação à desvalorização do real que tem ocorrido de forma “um pouco” mais intensa ultimamente.

Diminuição dos spreads bancários para o Banco Central

Na mesma audiência pública, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que tem como objetivo principal a diminuição dos spreads bancários.

O presidente do BC afirmou:  “concordo que o spread é alto. A minha principal missão é combater o spread.”

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“Vamos organizar todo o crédito privado. Quando eu fizer isso, não preciso de compulsório tão alto” salientou o presidente do Banco.

Saiba mais: Minha missão é combater o spread, diz presidente do Banco Central

Em relação à falta de assistência de liquidez adequada, o que elevaria os compulsórios, Campos Neto afirmou que: “o Brasil não tem um processo organizado de assistência de liquidez”.

O presidente do BC disse também que ocorrerá um projeto de ampliação do microcrédito “pronto em algumas semanas”. “Queremos aumentar o limite para mais de 2%”, comunicou Campos Neto.

Roberto Campos Neto defendeu também que o progresso das reformas levará o Brasil a necessitar menos das reservas internacionais. O Banco Central, segundo ele, está “avaliando sempre” o nível ótimo das reservas.

Rafael Lara

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