O Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (21) que fechou os primeiros 16 dias de agosto com uma perda de R$ 13,65 bilhões com swap cambiais. Ainda assim, em 2019 a conta do BC está em saldo positivo em R$ 3,782 bilhões.
Os contratos de swap cambial não tem como objetivo gerar ganhos para o BC, mas sim, dar ao Banco a possibilidade do mesmo oferecer proteção ao mercado em momentos inconstantes do mercado. Na lógica do swap, o Banco perde quando o dólar cresce acima do real, mas ganha quando a moeda brasileira se valoriza.
No ano passado, o BC apresentou saldo negativo acumulado em R$ 15,125 bilhões.
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Em agosto deste ano, o BC cresceu seu valor das reservas internacionais do Brasil em R$ 93,066 bilhões. Em 2018, as reservas tiveram um acumulado positivo de R$ 141,328 bilhões.
Banco Central voltou a vender dólares pela primeira vez em 10 anos
O Banco Central anunciou na quarta-feira passada (14) que venderá dólares à vista das suas reservas internacionais. Essa é a primeira vez que a instituição monetária central atua vendendo moeda norte-americana desde fevereiro de 2009.
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O BC também informou que oferecerá contratos de swap cambial no mercado. Entretanto, segundo a instituição monetária, esse instrumento não será suficiente para atender à demanda por moeda estrangeira impulsionada pela “conjuntura econômica atual”.
“Considerando a conjuntura econômica atual, a redução na demanda de proteção cambial (hedge) pelos agentes econômicos por meio de swaps cambiais e o aumento da demanda de liquidez no mercado de câmbio à vista, o Banco Central do Brasil comunica que, para efeito de rolagem da sua carteira de swaps, implementará a oferta de leilões simultâneos de câmbio à vista e de swaps reversos”, informou o BC em nota.