O diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Paulo Souza, afirmou nesta quinta-feira (11) que a tendência é que as emissões no mercado de capitais permanecerá com “bastante força” neste ano.
O diretor de Fiscalização do Banco Central destacou que o crescimento de emissões, cujo início foi a partir de maio de 2017, foi estimulado por empresas e segmentos que estavam fora do mercado de capitais.
Souza também esclareceu que no segundo semestre de 2018, o estoque de emissões acumuladas em 12 meses obteve retração. Isto, pois, alguns papeis atingiram a data de resgate. Porém, o saldo voltou a crescer a partir de outubro.
Uma redução do crescimento do número de empresas menores em recuperação judicial no segundo semestre de 2018 também foi apontada por Souza. “Mas, no caso de grandes empresas, houve alta em relação a 2017, o que tem impacto sobre a carteira de ativos problemáticos“, afirmou.
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Crédito
Além disso, o diretor do BC também explicou que o crédito para pessoa física tem obtido a tendência de ser direcionado para operações com menor spread bancário, como:
- o crédito consignado;
- e e o financiamento imobiliário.
Souza também declarou que houve perda de relevância das linhas e financiamento rotativo de cartão de crédito. Conforme o representante do BC, a taxa média de pagamento integral de fatura de cartões manteve o crescimento em 2018, encostando em 80%.
Ainda em 2018, o crédito para as famílias obteve o melhor desempenho desde 2015. A ascensão iniciada em 2017 continuou.
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Rentabilidade dos bancos
O Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira (11), documento que revela a rentabilidade dos bancos brasileiros. Segundo o documento, rendimento de 2018 terminou no maior patamar em sete anos e os lucros bateram recorde.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do sistema bancário nacional atingiu no final do ano passado 14,8% . De acordo com o Banco Central, ao final de 2011 estava em torno de 16,5%.
Em seu documento, o Banco Central reiterou que esse aumento pode ser explicado, por:
- redução da despesas de provisão;
- redução dos custos de captação;
- e ganhos de eficiência operacional.
“Sistema brasileiro não é o mais rentável e nem o menos rentável [do mundo]. Está na média. Está bem próximo dos países emergentes”, disse o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza.
Além disso, a instituição explica que o aumento da rentabilidade aconteceu, apesar da redução de resultados de tesouraria, como os títulos público, e da estagnação das carteira de crédito corporativos, o empréstimos para empresas.
Entretanto, o BC avaliou que a trajetória de aumento da rentabilidade tende a perder força. “Há perspectiva de estabilização das despesas de provisão e do custo de captação” e, por isso, “a trajetória de aumento da rentabilidade tende a perder força”, informou o Banco Central no documento.