Banco Central nomeia Ricardo Liáo como presidente da UIF, o novo Coaf
Nesta terça-feira (20), o Banco Central anunciou o novo presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), agora renomeado para Unidade de Inteligência Financeira (UIF). Ricardo Liáo entrará no lugar do ex-presidente Roberto Leonel, a mudança foi implementada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.
A demissão de Roberto Leonel já havia sido levada a sério por setores do governo após a série de críticas que, o agora ex-presidente, havia feito à decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, referente à suspensão de dados fornecidos pela UIF ( antiga Coaf) em investigações, sem autorização prévia da justiça.
Paulo Guedes, ministro da Economia do governo Bolsonaro, já havia defendido uma “solução institucional” para o problema, após isso, houve a concretização, na noite desta segunda-feira, da Medida Provisória (MP) que passa a UIF para o Banco Central. Antes, a unidade estava sob controle do Ministério da Economia.
MP foi publicada no Diário Oficial da União
A Medida Provisória do presidente da República, Jair Bolsonaro, de transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Banco Central foi publicada nesta terça-feira (20) no Diário Oficial da União.
Dessa forma, o órgão deixará de ser Coaf para se tornar Unidade de Inteligência Financeira (UIF) e a administração ficará sob responsabilidade do Ministério da Economia.
Saiba mais: Medida Provisória de transferência do Coaf é publicada no Diário Oficial da União
Após a publicação, é necessário a votação do Congresso Nacional em até 120 dias, tendo a possibilidade de alterar o conteúdo. Caso a medida não seja aprovada, perderá a validade.
De acordo com o Diário Oficial, a UIF ficará “responsável por produzir e gerir informações de inteligência financeira para a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa e promover a interlocução institucional com órgãos e entidades nacionais, estrangeiros e internacionais que tenham conexão com a matéria”.
Além disso, o texto publicado revoga a obrigação de que a UIF seja formada apenas por servidores públicos.