Banco Central não deve aprovar compra do Banco Master pelo BRB, diz jornal

O Banco Central não deve aprovar a compra do Banco Master pelo BRB, o Banco de Brasília. Veja por que e os detalhes da negociação.

O Banco Central não deve aprovar a compra do Banco Master pelo BRB (BSLI3), o Banco de Brasília, de acordo com informações do jornal O Globo, que confirmou a posição com fontes a par das negociações.

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Segundo a publicação, executivos e autoridades do setor financeiro discutiram a viabilidade do negócio no sábado (29) e demonstraram preocupação com a situação da instituição.

Em nota, o Banco Central afirmou que aguarda o pedido formal de avaliação do negócio, que teria sido acertado por R$ 2 bilhões, segundo fontes. O órgão já vinha acompanhando a situação do Banco Master.

Ainda de acordo com o jornal, um investidor do mercado financeiro afirmou que outros bancos privados analisaram o Master, mas não demonstraram interesse na compra após identificarem ativos problemáticos na instituição, como precatórios e Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com rendimentos elevados.

Compra do Banco Master pelo BRB

Na última sexta-feira (28), o BRB, controlado pelo governo do Distrito Federal, divulgou a aquisição do Banco Master. Pela operação anunciada, o Banco de Brasília ficará com 49% das ações ordinárias e 100% dos papéis preferenciais, alcançando uma participação total de 58% no capital da instituição.

O objetivo da transação, segundo o BRB, é formar um novo conglomerado prudencial sob seu controle. Apesar disso, as duas instituições manteriam estruturas separadas, compartilhando apenas governança, expertise, sinergias e coordenação estratégica e operacional.

Ao portal Metrópoles, Paulo Henrique Costa, CEO do BRB, declarou que os ativos “polêmicos” do Banco Master, como precatórios e ações de empresas não financeiras, não seriam incorporados.

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Master: exposição ao FGC

De acordo com apuração do Valor Econômico, o Master encerrou dezembro de 2024 com um volume de depósitos de cerca de R$ 50 bilhões. Esse valor representaria quase 50% da liquidez do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Na prática, no caso de quebra do banco, uma parcela significativa dos recursos disponíveis no fundo poderia ser utilizada para cobrir os depósitos da instituição, o que gerou preocupação no mercado.

O FGC cobre depósitos até o limite de R$ 250 mil por conta e R$ 1 milhão por CPF. Essa garantia impulsionou a captação de recursos de bancos no Brasil, como no caso do Banco Master, que oferecia CDBs com taxas de rendimento de até 130% do CDI. Todo esse cenário poderia aumentar as chances de veto do Banco Central à compra.

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Redação Suno Notícias

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