Banco Central mantém Selic em 6,50% ao ano

O comité de política monetária do Banco Central (Copom) decidiu manter em 6,50% a taxa básica de juros (Selic). A decisão foi tomada após a reunião do Copom, que terminou na tarde desta quarta-feira (20).

Essa foi a oitava reunião consecutiva do Copom em que a Selic é mantida no mesmo patamar. E foi a primeira reunião da gestão do novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

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Na cerimônia de transmissão de cargo, o novo presidente tinha afirmado que seguirá buscando manter a inflação baixa e controlada. Uma frase que sinalizava a intenção de manter inalterada a taxa de juros.

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A decisão de deixar inalterada a Selic era esperada pelos economistas e analistas do mercado. Nas últimas edições do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central semanalmente, os operadores do mercado previam a manutenção da Selic em 6,50% ao ano até o final de 2019.

taxa básica de juros se manteve no menor patamar da série histórica, que inciou em 1986. Isso também por causa de um cenário macroeconômico desafiador, com ritmo fraco de crescimento da economia, elevado desemprego e inflação sob controle.

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Segundo o Banco Central, a Selic foi mantida após uma balanço de riscos para a inflação que se demostrou “simétrico”.

Metas para a inflação

A principal ação do Banco Central está ligada ao controle da inflação. Para isso, será utilizado como base um sistema de metas, que funciona da seguinte forma:

  • Para 2019, a meta central é deixar a inflação em 4,25%, podendo oscilar entre 2,75% e 5,75%;
  • Para 2020, a meta central é de 4%, com intervalos de tolerância entre 2,5% e 5,5%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,43% no mês de fevereiro. Além disso, do acumulado de 12 meses com fim em fevereiro, o índice estava em 3,89%.

Conforme apontou o mercado financeiro na última semana, o IPCA deverá somar 3,89% em 2019. No entanto, o valor fica abaixo da meta central de inflação estimada em 4,25% para este ano.

A relação entre inflação e taxa Selic é uma espécie de balança. Quando as estimativas para a inflação estão alinhadas com a meta, o Banco Central reduz a taxa básica de juros. Em contrapartida, a taxa Selic é aumentada quando a trajetória da inflação está acima do esperado.

 

Carlo Cauti

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