Banco Central realiza leilão extraordinário de contratos para frear alta do dólar
O Banco Central (BC) realizou nesta quarta-feira (26) um leilão extraordinário de contratos de swap cambial. O montante totaliza US$ 550 milhões (equivalente a R$ 2,22 bilhões).
A ação do Banco Central busca conter a alta do dólar diante da ameaça do novo coronavírus (Covid-19).
Ao todo, foram dois mil papéis com vencimento marcado para outubro deste ano. E outros oito mil que vencem em dezembro. Toda a oferta foi absorvida pelo mercado.
Segundo o Banco Central, será realizado outro leilão extraordinário de câmbio na quinta-feira (27). Serão ofertados ofertados 20 mil contratos entre 9h30 e 9h40, que representam um montante total de US$ 1 bilhão (R$ 4,44 bilhões).
A prática de swap cambial é uma maneira de gerenciar as taxas de ajuste cambial. A operação consiste no aumento da circulação para ajudar a reduzir o preço do dólar. Em suma, a autoridade monetária intervém para se proteger da desvalorização do real por meio de contratos.
Banco Central: ação visa frear os efeitos do coronavírus
A operação do BC visa conter a escalada do dólar diante da epidemia do novo coronavírus dentro e fora da China.
Saiba mais: Após feriado de carnaval, dólar abre em alta com coronavírus no radar
O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de coronavírus no país nesta quarta. Um homem de 61 anos, que esteve em viagem à Itália no início deste mês, havia testado positivo para o vírus no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
O caso havia sido registrado na última terça-feira (25), porém ainda necessitava de uma comprovação oficial.
Após a confirmação, o Brasil passou a ser o primeiro país da América Latina a ter um caso confirmado do vírus que já fez 2.708 vítimas fatais.
Desse modo, após o feriado de carnaval o dólar abriu em alta nesta quarta-feira com o coronavírus e seus efeitos no mercado nacional e internacional no radar.
No cenário internacional a preocupação com o coronavírus faz o mercado registrar quedas. As principais bolsas de valores da Europa e de Nova York acumulam perdas expressivas por dois pregões consecutivos.
O Banco Central, de hoje até amanhã, ofertará no total 30 mil contratos, que equivalem a US$ 1,5 bilhão (R$ 6,66 bilhões).